A crise financeira mundial jogou na lona os ativos de maior risco como a renda variável, especialmente ações de companhias com baixo valor de mercado. Os fundos dedicados a esse nicho de empresas, conhecidas como "small caps", foram duramente afetados em 2008, com prejuízo médio de 50,89% ante queda de 41,22% do Ibovespa, segundo levantamento da consultoria Prova disso é que gestores já estão se mexendo para aproveitar as pechinchas. A Nesta crise, comparada à Grande Depressão de 1929, com raras exceções, poucos saem ilesos. No ano passado, a primeira linha sofreu , mas os papéis de menor liquidez foram "exageradamente punidos", afirma Rebouças. E isso nada tem a ver com os fundamentos das empresas, mas com a venda maciça de ações, a qualquer preço, deflagrada pela forte aversão a risco, explica o gestor. A maioria esmagadora dos papéis de segunda e terceira linhas estavam nas mãos de investidores estrangeiros, como "hedge funds", que foram os grandes compradores nos IPOs (oferta pública inicial, na sigla em inglês). "No pânico, tudo o que não tinha liquidez foi prejudicado", destaca o diretor da Na visão do analista, as perspectivas para o curto prazo não são nada animadoras. Toda e qualquer corrida para a bolsa tende a ser em direção à liquidez, diz Roche. Ele ressalta que a alta recente da bolsa até incluiu empresas menores, mas esse é um fluxo de recursos que não se sustenta pelas condições de mercado e perspectivas de resultados corporativos ruins nos dois primeiros trimestres. "Este último movimento de alta foi concentrado em papéis de maior liquidez pela facilidade para entrar e sair da posição." Exemplo disso é a diferença entre a variação do Ibovespa, que subia 11,60% no ano até sexta-feira, enquanto o índice Small Cap da bolsa recuava 1,42%. Eduardo Favrin, diretor de renda variável da Além disso, não se espera uma nova rodada de venda de "small caps". "A grande onda já ocorreu, podemos ver somente casos pontuais", acredita Roche, da Modal. Favrin, da HSBC, no entanto, diz que ainda há estrangeiros presos em ações de baixa liquidez, o que pode trazer uma pressão vendedora, mas pequena. Assim como há dificuldade para vender esse tipo de papel, quando o cenário apontar para recuperação o investidor vai ter problemas para comprar, alerta o executivo. "Na volta do mercado, a correção virá forte", acrescenta ele. Para Rebouças, do Itaú, entre as alternativas, o setor de construção civil se destaca. "Olhando o longo prazo, as empresas estão baratas", diz. O juro caindo para um dígito e a participação relativa do crédito imobiliário de menos 2% do PIB revelam um potencial de crescimento grande. Isso sem contar o pacote habitacional do governo brasileiro, de R$ 34 bilhões, para estimular o segmento, cujo impacto maior será no médio e longo prazos. Há construtoras na bolsa que caíram mais de 90% no ano passado. A O setor de bancos médios, que foi surpreendido na semana passada com medidas do governo para baixar o custo de captação, também é mencionado por Rebouças. "Há ações, como a do Roche, da Modal, vê oportunidades em empresas como a "A história é sempre a mesma, o investidor compra quando o mercado sobe e vende quando cai", afirma Fabio Alperowitch, sócio da "Neste momento de crise, há um rol de empresas pequenas que não precisam de refinanciamento, são focadas no mercado doméstico e vão continuar crescendo." Ele cita o caso da Oportunidade no longo prazo (Jornal Valor Econômico)
Por Alessandra Bellotto, de São Paulo 30/03/2009
Oportunidade no longo prazo
Marcadores: Ações, Oportunidades, Smallcaps | author: Augusto César WillerPosts Relacionados:
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