Umas das melhores análises sobre a Crise Financeira: Vídeo a la Monty Python

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Depois que vi, não sabia se ria ou se chorava. Mentira. Ri de me m. Neste ponto, por mais que a gente estude, vemos que o mercado tem a variável explícita da estupidez humana.



Oportunidades sobre as garras do urso

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Nestas épocas onde só vigora a garra do urso (bear market - mercado de baixa- pra que não entendeu o trocadilho), sagrando os grandes e pequenos investidores, achei interessante traçar algumas oportunidades com base na velha e verdadeira escola fundamentalistas. Tabalhei com alguns critérios básicos para avaliar a saúde de boas empresas e estabeleci que a compra se daria pelo múltiplo P/VP, ou seja, preço sobre valor patrimonial. Assim, temos empresas com o valor de mercado que não pagam o simples valor de patrimônio da empresa que por definição é:



O patrimônio líquido representa os valores que os sócios ou acionistas têm na empresa em um determinado momento. No balanço patrimonial, a diferença entre o valor dos ativos e dos passivos e resultado de exercícios futuros na forma de reservas, representa o PL (Patrimônio Líquido), que é o valor contábil devido pela pessoa jurídica aos sócios ou acionistas, baseado no Princípio da Entidade.

Conforme disposto pela Lei nº 6.404/76, o Patrimônio Líquido é dividido em:

  • Reservas de Capital
  • Reservas de Reavaliação
  • Reservas de Lucros
  • Lucros ou Prejuízos Acumulados


Em outras palavras, é o capital imutável investido inicialmente pelos acionistas, reservas operacionais e de gestão obrigatória; e o lucro acumulado no passado.

As potencialidades de lucros e desempenhos futuros não são contabilizados, portanto, as principais variáveis para se calcular o preço justo ou intrísico da empresa não são verificados.

Bem, como exemplo, imagine que você tenha um carrinho de cachorro quente em um ponto bem lucrativo.

Valor do carrinho: 1000,00
Valor do equipamento: 300,00
Reservas para compra de insumos, impostos, aluguel do ponto, etc - 600,00
Lucro acumulado no passado e incorporado ao negócio - 400,00

Lucro gerado pelo negócio nos próximos 8 anos ajustados em valor presente - 90.000,00
Lucro gerado pelo negócio em perspectiva ad eternum em valores presentes: 100.000,00

Se temos dois sócios (2 ações)- O valor justo deste negócio seria a soma dos valores acima/2- 96.150,00

Ai você espertão diz:

- Não só pago o valor patrimonial (equivalente a 2300,00)/2 - 1650,00.

Supondo que venha uma pessoa e ofereça sociedade pagando 48075,00, assim, o mercado estaria disposto a pagar sobre o negócio em relação ao patrimônio líquido (valor equivalente ao garantido, existente, palpável) em torno de

P/PL = 48075,00/2300,00= 20,902. Se a empresa gerar 75% do lucro potencial, este camarada já levaria 50% de lucro sobre o valor investido ao longo do tempo.

O que pretendo fazer daqui pra frente. Analisar empresas que demonstram múltiplos fundamentalistas que demonstram "saúde financeira" e que tenham um P/PL menor ou igual a 1, portanto, grandes oportunidades de negócio.

Projeto lançado. Acompanhem!!!

"Grandes oportunidades ocorrem quando vigora a desilução".


Dinheiro no colchão.

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Sem muito ânimo para análises, vou deixar esta charge que melhor traduz o momento de incerteza.


Bons investimentos (ou sei lá o quê).


O lado positivo da crise para o Brasil

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Valor Econômico - 20 de outubro de 2008

É difícil encontrar alguém que consiga enxergar um lado positivo para a crise financeira atual. Pois bem, por incrível que pareça, para alguma coisa irá servir todo esse burburinho internacional, pelo menos para o mercado acionário brasileiro. O que se espera é que, gradativamente, o Índice Bovespa fique menos concentrado nas ações de commodities. Com a desaceleração da economia em termos globais, os investidores devem perder um pouco do enorme interesse que têm demonstrado pelos papéis dos segmentos de petróleo, mineração e siderurgia. Em troca, provavelmente, passarão a investir muito mais em ações de empresas voltadas ao mercado interno, mas que não têm uma correlação tão forte com o Produto Interno Bruto (PIB), como é o caso das companhias de telefonia e de energia elétrica. "Se essa crise conseguir fazer com que os índices sejam mais balanceados, no fundo, bem no fundo, ela já terá tido alguma utilidade", diz o economista-chefe da Way Investimentos e diretor do curso de relações internacionais da ESPM-RJ, Alexandre Espírito Santo. Ele lembra que entre os diversos contratempos, o fato de um índice tão importante quanto o Ibovespa ser muito concentrado acaba deixando os investidores à mercê dos acontecimentos em dois ou três setores. No caso da Bovespa a situação é ainda pior. Boa parte dos investimentos se concentra em apenas duas empresas: Petrobras e Vale. Na carteira teórica atual do Ibovespa que valerá até dezembro, as ações preferenciais (PN, sem voto) e as ordinárias (ON, com voto) da Petrobras têm peso de 18,21%, enquanto as PN série A e as ON da Vale representam 15,91%. Ou seja, as duas companhias juntas significam nada menos que 34,12%.
Essa concentração só aumentou nos últimos anos. Segundo levantamento de Espírito Santo, em dezembro em 2002, por exemplo, os papéis da Petrobras e da Vale representavam apenas 17%, portanto, a metade do que são hoje. Com o ciclo de alta das commodities nos últimos cinco anos, os investidores passaram a se interessar cada vez mais por papéis que conseguem capturar o máximo possível desse movimento macroeconômico. Os indicadores comprovam que essa euforia fazia todo sentido. O preço do minério de ferro, por exemplo, teve reajustes entre 65% a 80% este ano. Sem contar as mineradoras australianas que conseguiram aumentos de até 96%. Já o preço do barril do petróleo atingiu a máxima de US$ 145,29 também este ano. Até uns dois meses atrás, os analistas ainda estavam divididos sobre o destino das commodities. No entanto, depois do recente agravamento da crise internacional, não restam dúvidas de que a festa desses ativos está próxima do fim. E é com base nessa expectativa que Espírito Santo acredita que o reinado das ações de commodities está com os dias contados, pelo menos na magnitude que já foi. Apesar de ser difícil dizer com exatidão como serão as mudanças no Ibovespa, o professor e economista estima que a participação da Vale e da Petrobras podem cair dos atuais 34% para algo como 28% no fim de 2009. Esses seis pontos percentuais, na visão dele, devem migrar principalmente para os papéis de telefonia e energia. "Esses setores não são tão afetados pela desaceleração da economia global e ainda têm baixa correlação com o PIB brasileiro, que será afetado pela crise externa", diz Espírito Santo. Além disso, algumas das empresas desses segmentos são tradicionalmente boas pagadoras de dividendos, o que as tornam ainda mais atraentes nesse momento em que os retornos por meio da valorização das ações na bolsa parecem cada vez mais incertos. Não é à toa que os papéis das elétricas estão entre as que menos sofreram no chacoalhão que a Bovespa vem passando. "Com a alta das commodities nos últimos anos, as teles e as elétricas foram colocadas em segundo plano e agora esse cenário deve mudar", completa o professor.


Histórico bovespa de 1963 a 2008: uma verdadeira aula

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O pessoal da Enfoque Corretora, projetou um flash muito interessante que de forma didática e ilustrativa, mostra a história do índice bovespa em correlação a fatores econômicos, políticos e mundiais, entre 1963 a 2008. Clique na imagem abaixo e explorem este belo trabalho. Estudar sempre!

Suportes ao definitivo fim das vacas gordas e do trigo farto

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Ao pensar em uma crônica analítica para a atual situação fiquei intrigado com uma história bíblica que me lembro na época do catecismo (não me refiro aquelas revistinhas eróticas, mas ao da igreja de nossas tradicionais famílias brasileiras).


A história de José, um profeta e conselheiro do velho testamento que depois de abandonado e traído pelos irmãos, tornou-se o braço direito do faraó. O profeta em questão deveria interpretar um sonho do faraó que levaria as principais diretrizes políticas e econômicas do egito nos anos vindouros.


O sonho do grande monarca era descrito como 7 vacas gordas e cheias de leite pastando ao lado de 7 belos trigueiros. No fim, 7 vacas magras e feias comiam as 7 vacas gordas e 7 ervas daninhas cresciam e se sustentavam sobre o solo e a matéria podre dos 7 trigueiros. José, em sua sabedoria inspirada por forças divinas, interpretou o sonho como 7 anos de fartura e 7 anos de fome e miséria. O faraó, então, deveria armazenar alimentos e recursos durantes os 7 anos seguintes para manter e sustentar seu povo nos 7 anos de tormenta e depressão. Bom, no final das contas ele reecontra os irmãos traidores e o pai desesperado e depressivo pelo filho mais novo e os perdoa.

O que isso tem a ver com nossa atual situação? Bem, depois da crise de 2001, passamos por 7 anos de ganhos e lucros estupendos nas bolsas de quase todo o planeta. O que não suportamos é que não houve nenhum "José" que nos previa o momento de recessão e crise séria. NÂO estou dando uma de profeta do apocalipse gritando que passaremos 7 anos de fome e desgraça e que discos voadores levarão as almas mais puras antes do fim dos tempos (por favor, sem alarmismo vazio).

Na prática, quis realizar um estudo hipotético considerando uma única variável que nos indicaria uma tendência de baixa aterradora mesmo para aqueles que estão comprados a pouco tempo e não registraram quedas de suas carteiras de forma tão brutal como o IBOV (algo em torno de 40% desde o início do ano e 50% desde o ápice histórico alcançado pelo índice).

Estabeleci os suportes históricos dos 5 principais ativos do índice ibovespa verificados em 15 de outubro de 2008 (belo presente do dia dos professores). Abaixo listamos

*Participação no ibov em 15 de outubro de 2008
**Suporte histórico nos últimos 60 meses


Os gráficos abaixo respaldam os dados da tabela acima;

















Se os suportes históricos destes papéis que constituem o sustentáculo do ibov, podem representar a definitiva derrocada de quase todos os papéis listados na bolsa de valores. Nesta situação, estariamos ameançando o suporte de 30K pontos. Se perdido, temos um suporte histórico de 25K pontos visto em 2005 e 2006 e depois, se a catástrofe se estabelecer entre nós, veremos nossos trocos minguados em papéis atolados na lama histórica de 19K.




Só espero que as vacas magras e as ervas daninhas sejam apenas uma apologia bíblica.

Humor nos tempos de cólera: trilhas sonoras para nossos momentos na bolsa

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Original em www.charges.com.br

Quem sabe? Sobrevida a um(a) doente?

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Voltando a velha e xingada análise técnica (pelo menos nos últimos dias). Vamos a uma visão positiva (contrária ao do analista ao Valor Econômico visto no link abaixo). Com esta bela alta de hoje, por que não pensar nos testes das resistências em 44K. Temos uma bela expectativa de valorização da bovespa.
A todo o tempo esperamos um sinal de reversão. Pois bem, um belo morobozu de alta em 14% de aumento (pelo menos até aqui). Me parece um bom sinal de reversão.

Aos conservadores, superando a barreira dos 44K, a uma grande probabilidade de buscar os 47K e, dai, teremos a força compradora para retornar aos 52K. Só lembrando que os fundamentos da economia e das empresas brasileiras são mais sólidas dos que as vistas em outros emergentes e, nos dias atuais, até de alguns países desenvolvidos esbanjadores e deverás descuidados.



Aconteceu o que todos Temiam (Valor Econômico - 13 de outubro de 2008).

http://noticiasecontextos.blogspot.com/2008_10_13_archive.html

Experiências das Crises passadas

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texto de YankeePapah no fórum infomoney em 06 de outubro de 2008


Senhores,

Ao longo da minha vida acompanhei várias crises: 1964, 1967, 1973, 1986 e as várias dos anos 90. Além disso, alguns pacotes & planos econômicos com suas conseqüentes moedas: cruzeiro novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro e finalmente o real atual (esqueci alguma moeda?).

Acompanho o mercado financeiro mais de perto desde os idos do início da década de 70. Nessa época, ainda estudante, ganhei um VW zero com os parcos recursos que um pobre estudante dispunha.

Corria o memorável ano de 1971, pleno milagre brasileiro, tri-campeão do mundo e com um futuro glorioso à frente; o presidente Médici pregava, como agora diz o berbe molusco, que o Brasil estava acima do mundo e que este ajoelhar-se-ia ante as evidências: "Ninguém segura o Brasil".

O obeso e infalível economista Herman Kahn, aquele do não menos controverso Hudson Institute, contestou todos os prognósticos brasileiros e foi execrado por todos aqui da grande terrinha.

Não demorou muito, apenas um ano e tanto, e veio a primeira grande crise global pós 29: a crise do petróleo. Em 1970 comprávamos petróleo a US$ 2.00 o barril, em 1973 foi a US$ 12.00! O resultado dessa crise, devido à guerra Árabe x Israel, ou como ficou conhecida: Guerra do Yon Kippur, foi um longo período de 10 anos de estagnação, inflação, conturbações políticas e outras tantas maladias.

O resultado prático, em termos 'bolsísticos' foi um longo e penoso período de baixa, crise de confiança no mercado e perdas de oportunidades.

A diferença é que agora a crise começou nos USA, onde, por razões óbvias, seria a última a sentir os efeitos do The Biggest Leverage, ou simplesmente, da picaretagem global. As razões são óbvias, menos pela capacidade dos americanos, mais pelo tamanho da sua economia. Todos sabemos que a inexorável e implacável lei da inércia aqui se aplica e prevalece. Indubitavelmente seremos severamente penalizados: nós brasileiros, o mundo e os americanos. Isto é inexorável.

Isto dito e posto fica a pergunta: o que fazer?

1. Está na hora de vender
Não tenha medo de realizar prejuízos. O conceito de stop loss é para ser aplicado nestas horas. Fique líquido por decisão própria e não por derretimento;

2. Seja patriota
Verde & amarelo são cores fortes para enfrentar a crise: US$ e ouro;

3. O prazo
Historicamente este tipo de crise dura pelo menos cinco anos. Tenha paciência e não se impressione com eventuais subidas. São os tubarões mandando o recado: comprem, a crise acabou. Compre e tome até encostar;

4. O que comprar
Acompanhe as relações P/L de ações de segmentos menos afetados pelas crises, sempre houve e sempre haverá segmentos mais resistentes. Dê preferência para empresas cujas políticas ofereçam mais dividendos; é claro que a recessão diminuirá seus lucros e conseqüentemente seus dividendos, mas, sempre vale a pena nestas horas difíceis;

5. Mantenha seu emprego
Não caia na tentação de mudar de emprego. Mantenha-se fiel ao seu empregador, converse francamente com ele e tente auscultar as dificuldades a curto e médio prazo. Lembre-se que em épocas recessivas, e já vivi várias, é melhor pingar do que secar;

6. Corte gastos
Aumente a recessão, não gaste. Poupe cada centavo que puder e invista em ações de empresas sérias. Estas, as sérias, assim como as pessoas igualmente sérias, tendem a sair mais rapidamente da turbulência por uma única e simples razão: inspiram confiança;

7. Não compre a prazo
Não compre nada a prestações, os juros subirão como foguetes e a indexação voltará antes mesmo do que você se aperceba;

8. Mantenha sua saúde
Faça exercícios e modere na alimentação. Está provado que uma pessoa corretamente alimentada tem raciocínio mais rápido e mais acertado;

9. Fuja dos gerentes de bancos
Os gerentes de bancos vão oferecer grande quantidade de serviços, seguros idiotas e um monte de papéis igualmente idiotas. Não os culpem, eles estarão sendo pressionados pelas suas diretorias para arrancar dinheiro dos clientes a qualquer custo e a qualquer preço. Não os odeie, apenas ignore-os;

10. Fique atento
As crises não tem dia e nem tampouco hora para terminar. Elas apenas começam a esvair-se sem que você se aperceba é no início da subida que se ganha dinheiro, no começo da onda 3. A onda 1 é traiçoeira...

Finalmente, antes que perguntem: há tempos vinha argumentando com meus amigos que a bolha estava prestes a explodir. Errei no tempo, não no fato. Fiz o que minha experiência determinou: vendi todos os ativos e comprei ativU$. Ainda estou perdendo porquanto o preço que paguei pelas verdinhas ainda não foi atingido, mas, pelo menos estou líquido e à espera de boas oportunidades.

E em último, mas não por último, fica meu conselho: - A crença nos governantes é o caminho mais curto para a desgraça.

Keep it cool and running

JOSEPH STIGLITZ: SEM MEIAS PALAVRAS - "a crise só está no início"...

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fonte: www.hsm.com.br - Autor- Alexandre Delfino

Prêmio Nobel de Economia é crítico severo do neoliberalismo. Ao analisar a crise americana, defende a redefinição de um sistema regulatório que, inclusive, impeça que os incentivos aos executivos de instituições financeiras premiem o que chama de “mau comportamento” e “pilhagem dos consumidores”.
“Os americanos perderam a fé não somente no governo, mas em sua filosofia econômica: um novo assistencialismo empresarial, que é mascarado por uma ideologia de livre-mercado”.
Essa é apenas uma das inúmeras contundentes afirmações que Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia de 2001 e palestrante da ExpoManagement 2008 da HSM, usa para avaliar o desempenho questionável das autoridades americanas diante da tsunami econômica que atingiu os Estados Unidos.
O Tio Sam está enfermo e o mundo todo está em guarda. “Há um tempo, nos disseram que estava tudo bem. Seis meses depois, que a economia estava melhorando. Agora, que o paciente precisa de uma grande transfusão. Mas todo mundo vê que o paciente sofre é de hemorragia interna”, disse Stiglitz em sua coluna de 1º de outubro no jornal inglês The Guardian.
De fato, quase todo mundo vê. Não é à toa que 74% dos americanos rejeitam a política econômica de George Bush. Mas Stiglitz não é só mais um crítico implacável de uma situação evidentemente grave. Ele também oferece sua receita de solução. Além disso, contrário ao fundamentalismo de livre-mercado, o economista foi um dos que anteviram o risco que os Estados Unidos corriam. E acertaram.
“Monstruoso.” Sem meias palavras, assim Stiglitz adjetiva o plano de socorro ao setor bancário, em entrevista concedida ao jornal Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung. Para ele, o plano que Bush tenta aprovar no congresso americano perversamente transfere o problema para o contribuinte americano. Segundo Stiglitz, o filme é praticamente uma reprise. Há cerca de dez anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Tesouro americano tentaram ajudar o
Brasil, a Argentina, a Coréia, a Tailândia, a Indonésia e a Rússia. Embora Wall Street tenha se salvado, recebendo de volta quase tudo o que perdera, nós, os contribuintes desses países, pagamos pelos erros do mercado financeiro. Para o economista, agora a conta pode sobrar para o povo americano. É o que faz a diferença nessa peleja entre Bush e os parlamentares americanos.


Pela intervenção na economia
Stiglitz considera ser necessário um pacote de forte estímulo à economia, de modo a aumentar os benefícios aos desempregados e a ajuda aos estados, que correm o risco de ter que cortar gastos, o que pioraria a situação. “Precisamos de mais investimentos tanto no setor público quanto no privado”, diz no The Guardian.
O economista é conhecido mundialmente pelas severas críticas que faz à teoria do laissez faire (deixai fazer), o mote do liberalismo defendido por Adam Smith no século XIX. O laissez faire virou fundamentalismo de livre-mercado na boca de George Soros, ou neoliberalismo. Segundo Smith, a economia de mercado opera sob uma mão invisível, que promove o equilíbrio socioeconômico e orienta os indivíduos, em condições ideais. Raro, contudo, é que as condições sejam ideais. À época em que recebeu o Prêmio Nobel, Stiglitz não se furtou a comentar que as doutrinas neoliberais baseavam-se em erros de interpretação das teorias econômicas. Foi justamente derrubando Adam Smith que Stiglitz se fez merecedor do Nobel (veja mais detalhes ao final deste artigo).
JOSEPH STIGLITZ: SEM MEIAS PALAVRAS
Como a maioria dos republicanos conservadores, Bush é contrário às intervenções na economia. Teve que dar o braço a torcer, contudo. Ao apelar ao congresso, justificou-se: "Eu tenho profunda crença nas trocas comerciais livres, por isso me oponho a qualquer intervenção do governo. Mas essas não são circunstâncias normais”.
Em entrevista ao jornal The Huffington Post, Stiglitz afirmou que a crise em Wall Street é para o fundamentalismo de mercado o que foi a queda do muro de Berlim para o comunismo: “Ela diz ao mundo que esta maneira de organização econômica não se sustenta. Este momento é um marco do fato de que as demandas pela liberalização do mercado financeiro foram equivocadas”.

A hora do mea culpa

Stiglitz considera que é relevante ir a fundo às causas da crise, de modo que se possa evitar ou amainar novas crises. Em sua opinião, falharam os reguladores federais, como o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), mas também os executivos das instituições financeiras estão no cerne do problema.
O Fed teria falhado como regulador e como condutor da política monetária. “Seu excesso de liquidez (o dinheiro disponível para empréstimos a baixas taxas de juros) e os regulamentos frouxos levaram a uma bolha da habitação. Quando a bolha estourou, os empréstimos excessivamente alavancados e feitos em cima de ativos superavaliados, se deterioram”, explica Stiglitz. Historicamente, a expansão acelerada dos empréstimos tem sido responsável por uma grande parcela das crises e esta não é exceção, segundo ele.
Além disso, para o economista, o próprio Alan Greenspan, um regulador-chave, não acredita na regulação. “Nosso país sofreu as conseqüências de ter escolhido como regulador-chefe da economia alguém que não acreditava na regulação”, observa. “Quando os excessos no sistema financeiro foram notados, eles apelaram para a auto-regulação, o que é um paradoxo.” Greenspan presidiu o Fed entre agosto de 1987 e janeiro de 2006.
Após o problema da bolha tecnológica, que levou ao corte de juros de 2001, e o aumento do preço do petróleo, decorrente da Guerra do Iraque, que fez com que o dinheiro que era gasto em bens americanos fosse para o exterior, o Fed, na tentativa de manter a economia funcionando, teria, na visão de Stiglitz, substituído a bolha tecnológica pela bolha da habitação. “A poupança doméstica caiu para zero, ao nível mais baixo desde a Grande Depressão. O Fed conseguiu manter a economia, mas de maneira míope. Os Estados Unidos estavam sobrevivendo de dinheiro emprestado e de tempo emprestado”, avalia Stiglitz.
Quanto à culpa que cabe aos executivos das instituições financeiras, o caso seria relativamente simples e, talvez, óbvio: esses profissionais e seus empregadores eram premiados pelo desempenho de curto prazo, por meio de incentivos que não estavam alinhados com as necessidades da sociedade. “Eles eram muito bem remunerados por administrar riscos e alocar capital, o que deveria aperfeiçoar a eficiência da economia de modo tal que justificasse sua generosa remuneração. Mas eles erraram ao alocar o capital e ao gerir o risco. Eles geraram riscos.” Para Stiglitz, a estrutura de incentivos encorajava a assunção excessiva de riscos:
“Construímos incentivos para o mau comportamento e atingimos o objetivo”.

Redefinindo o sistema regulatório
“Precisamos, claramente, não apenas de regulação, mas de uma redefinição do sistema regulatório”, defende o economista, não se furtando a apontar caminhos. Para isso, Stiglitz considera um pré-requisito a atuação de políticos e criadores de políticas que acreditem na regulação.

JOSEPH STIGLITZ: SEM MEIAS PALAVRAS
Ele também postula que se deva implantar um sistema que possa lidar com a expansão dos instrumentos financeiros e das finanças. Algumas de suas recomendações foram elencadas em seu artigo do site da rede CNN:
1. Corrigir os incentivos aos executivos, atenuando os incentivos por assunção excessiva de riscos e por foco no curto prazo. Bônus sobre retorno em cinco anos, por exemplo, em vez de sobre o retorno em um ano, contribuiriam para tanto.
2. Aperfeiçoar as informações aos acionistas a respeito da diluição do valor das cotas em função de opções de ações, pois as opções de ações encorajam a contabilidade desonesta e precisam ser freadas.
3. Criar uma comissão para a segurança do produto financeiro, de modo a garantir que os produtos comprados e vendidos pelos bancos, fundos de pensão etc. sejam seguros para o “consumo humano”.
4. Criar uma comissão de estabilidade dos sistemas financeiros, para monitorar o sistema financeiro como um todo, reconhecendo as inter-relações entre as diversas partes e evitando a alavancagem excessiva.
5. Impor outros controles para aperfeiçoar a segurança e a saúde do sistema financeiro, que atuem como radares limitadores dos empréstimos.
6. Melhorar leis de proteção ao consumidor, incluindo leis que impeçam o empréstimo predatório.
7. Melhorar leis de concorrência.
A respeito da concorrência, Stiglitz não suaviza as tintas: “As instituições financeiras foram capazes de pilhar os consumidores devido à falta de concorrência. Não podemos nos ver em situações em que uma empresa ‘é muito grande para falir’. Se é grande assim, deve ser dividida”.

Mais sobre Stiglitz e suas idéias
Joseph E. Stiglitz é professor de Economia da universidade da Colúmbia. Foi economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial na administração Clinton, além de presidente do Council of Economic Advisers, no mesmo período. Hoje, apóia a candidatura de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos.
Stiglitz fez parte do grupo de especialistas em mudanças climáticas que compartilhou o Prêmio Nobel da Paz em 2008. É co-autor, com Linda Bilmes, de Three Trillion Dollar War: The True Costs of the Iraq Conflict.
É um crítico severo do Fundo Monetário Internacional (FMI). Afirma que a instituição pressiona os países pobres à concorrência internacional sem que antes tenham desenvolvido a devida proteção democrática aos seus cidadãos.
Em 2001, recebeu o Prêmio Nobel de Economia (junto com George Akerlof, da Universidade da Califórnia, e Michael Spence, da Universidade de Stanford) por uma teoria que chama a atenção para as desigualdades entre ricos e pobres e que põe por terra a teoria da mão invisível de Adam Smith: “A razão pela qual a mão invisível é invisível é por que ela não existe ou, quando existe, está paralítica”, disse, em aula magna que ministrou ao receber o prêmio.
Stiglitz é um pioneiro da teoria da informação assimétrica, que postula que as partes de uma transação não têm igualdade de informações. Um dos lados estará em desvantagem, pois informação é poder. Essa idéia contradiz antigas teorias econômicas, que se baseiam na existência de informações perfeitas. A teoria da informação assimétrica põe em xeque a sabedoria do mercado e auxilia a compreender muitos fenômenos, inclusive o desemprego e o racionamento de crédito.

Sadia: análise do real temor

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Análise realizada por Ricardo Dias - Fórum da Infomoney em 29/09/2008


Permitam-me dar uma opinião com uma visão mais fundamentalista e menos trader:
O episódio da Sadia foi muito, muito grave. Grave porque:

1 - Comprometeu o resultado do ano inteiro. Antes a Sadia tinha uma situação adversa de câmbio desfavorável e commodities agrícolas a preços elevados e precisava de um bom trabalho de tesouraria para minimizar esses impactos. O erro cometido comprometeu o resultado da companhia para o ano todo e 2008 certamente será encerrado com prejuízo.

2 - Expôs que a companhia opera no mercado financeiro além de suas necessidades operacionais. Ou seja, investir em Sadia não é somente investir em industrialização de frango, mas sim investir em frango e em trading financeira. E isso aumenta a percepção de risco do investidor, pois trading é um negócio infinitamente mais arriscado que frango. Vale lembrar que a Sadia já tinha feito uma presepada semelhante em 2002 com títulos soberanos.

3 - Expôs que a companhia tem mecanismos extremamente deficientes de controle interno.


O ponto número 1 é séria, mas é um fato pontual. Já os pontos 2 e 3 são gravíssimos, pois mancham a reputação da empresa de uma forma muito séria e a recuperação dessa credibilidade pode levar anos.
Ao nos depararmos com quanto caiu, devemos considerar que os investidores estão embutindo não só um resultado ruim em 2008 mas também um prêmio adicional de RISCO na companhia em função dos itens 2 e 3. Ou seja, assim como se falava em mudança de patamar das ações brasileiras com o investment grade, pode-se cogitar a hipótese de esta empresa em específico ter mudado de patamar PARA BAIXO.

Tudo isso que eu falei o gráfico não é capaz de captar. Reflitam sobre isso.

Sadia: a memória do investidore é imperdoável

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Análise do Konga: fórum infomoney em 26 de setembro de 2008
Esta perda da Sadia, que parece a primeira vista algo anormal, não é... Quando se faz um hedge você está tentando se proteger, mas ao mesmo tempo, está fazendo uma aposta na ponta contrária do outro lado. Ou seja, quem aceita o hedge acredita no contrário do que você está fazendo (trata-se simplesmente em uma aposta. Um lado acredita que vai cair, o outro que vai subir. No caso atual falamos sobre o dólar). Como foi explicado no comunicado da Sadia, o seu diretor financeiro exagerou no volume que pretendia fazer de hedge (ou aposta contrária ao mercado). Isto já aconteceu com uma outra empresa listada em bolsa: a Light – e a lambança foi feita pelo filho de um ex-presidente da República, que foi afastado da empresa e nunca mais se ouviu falar dele... Essas coisas de perdas com este montante perdido pela Sadia, são praticamente irrecuperáveis. Ainda mais em época tão difícil de se obter crédito como a que se avizinha. É engano a pessoa achar que isso vai ficar por isso mesmo. Nada disso. Este rombo no caixa da Sadia é praticamente irrecuperável a curto prazo... Ele irá entrar no balanço deste ano, afetará o balanço do ano que vem e fatalmente a Sadia terá que tocar os seus planos de investimento, os que já foram começados, com dinheiro de instituições financeiras... Além disso, do mesmo jeito que aconteceu com a Light (que acabou sendo vendida pela francesa EDF), a empresa ficará com um estigma, e isso leva um bom tempo para o mercado esquecer. Então, sem causar alarmismos ou qualquer outro tipo de confusão maior, a situação da Sadia não é uma situação fácil nem simples de ser resolvida, e com certeza levará grande tempo para ser revertida e voltar a ser uma empresa saneada financeiramente.
Após a trolha da Light (EDF) na disparada do câmbio sem a devida garantia do hedge (em favor da dívida da Light em dólar) que a empresa tomou, o seu período de recuperação levou aproximadamente 3 anos e o valor de suas ações saíram de por volta de R$ 23,00 para R$ 11,00. E a Light só se recuperou porque o BNDES entrou pesado com debêntures conversíveis em ações... Se não fosse isso (o salvador BNDES), a Light jamais teria se recuperado... Então, se seguir a lógica da Light, a Sadia ainda vai penar um pouco...




Detalhes sobre o colapso sadia em;


http://web.infomoney.com.br//templates/news/view.asp?codigo=1336804&path=/investimentos/

Explicação da Crise Americana (humor em tempos de cólera)

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"Isso é uma forma didática de explicar a crise americana." É assim: Oseu Biu tem um bar, na Vila Carrapato, e decide que vai vender cachaça"na caderneta" aos seus leais fregueses, todos bêbados, quase todosdesempregados. Porque decide vender a crédito, ele pode aumentar umpouquinho o preço da dose da branquinha (a diferença é o sobrepreçoque os pinguços pagam pelo crédito). O gerente do banco do seu Biu, umousado administrador formado em curso de emibiêi, decide que ascadernetas das dívidas do bar constituem, afinal, um ativo recebível,e começa a adiantar dinheiro ao estabelecimento tendo o pindura dospinguços como garantia. Uns seis zécutivos de bancos, mais adiante,lastreiam os tais recebíveis do banco, e os transformam em CDB, CDO,CCD, UTI, OVNI, SOS ou qualquer outro acrônimo financeiro que ninguémsabe exatamente o que quer dizer. Esses adicionais instrumentosfinanceiros, alavancam o mercado de capítais e conduzem a operaçõesestruturadas de derivativos, na BM&F, cujo lastro inicial todo mundodesconhece (as tais cadernetas do seu Biu ). Esses derivativos estãosendo negociados como se fossem títulos sérios, com fortes garantiasreais, nos mercados de 73 países. Até que alguém descobre que os bêuboda Vila Carrapato não têm dinheiro para pagar as contas, e o Bar doseu Biu vai à falência. E toda a cadeia sifu.

Mercado irracional

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Os ativos corrigidos a preços além do razoável e as bolhas, uma a uma, estouradas: a imobiliária nos Estados Unidos, a das commodities e, por tabela, a dos emergentes. Será que o mundo acabou para a renda variável? Tudo ficou mais difícil, sim, mas depois de perder os 50 mil pontos e retornar ao pior nível desde 16 de agosto de 2007, com 48.435 pontos, o Ibovespa começa a exibir histórias de crescimento mais realistas, segundo os analistas. A avaliação é de que, numa janela de 12 a 24 meses, a bolsa brasileira vai proporcionar ganhos acima da renda fixa, mas com muitas intempéries. O socorro do Tesouro americano às companhias Fannie Mae e Freddie Mac, longe de ser a solução para a crise originada nas hipotecas de alto risco, é apenas uma ponte para que o próximo presidente dos EUA encaminhe algo mais definitivo, que estenda, por exemplo, a ajuda aos mutuários, diz Luís Fernando Lopes, do Pátria Investimentos. Até lá, a Bovespa e o mercado brasileiro em geral vão depurar cinco anos em que o script era a bolsa subir, os juros caírem e o real se valorizar em relação ao dólar. "É hora de ver o mundo como ele é, não um lugar terrível como nos negros dias de 2001 e 2002, mas onde os preços das commodities não explodem todo ano e que a bolsa não dá sempre um retorno superior a 40%." Para ele, as matérias-primas, que subiam a um ritmo de 28% ao ano nos últimos cinco anos, vêm se ajustando a um novo nível de expansão global, mas o ciclo de alta não se esgotou. Com a percepção de que a economia global andará em ritmo menor, essa bolha começa a desinflar. "Parte do crescimento é real, puxado pelos emergentes, a Ásia notadamente, mas o problema é a quê velocidade os preços vão subir, talvez um aumento entre 7% e 9% ao ano."
Lopes lembra que a bolsa brasileira, dominada por grandes produtoras de commodities, reflete pouco o peso do consumo das famílias no PIB brasileiro, de 61%. Na média, as empresas locais têm contornado a inflação e elevado margens, o que quer dizer que há oportunidades, tendo os grandes bancos como exemplo. Ele sugere também que o investidor prossiga privilegiando liquidez. Nos últimos dias, aumentou a intensidade de migração de emergentes para ativos dolarizados, um claro sinal de que o risco sistêmico subiu, diz o chefe da área de Renda Variável da Fundação Cesp, Paulo de Sá Pereira. A queda de mais de 40% das ações do Lehman Brothers em Nova York ontem mostra que que o mercado pode estar testando o fôlego das autoridades americanas para salvar o setor financeiro. "Ficou a sensação de que o custo dessa crise para o governo será maior do que se imaginava e que os EUA vão crescer menos." Nesse cenário, 2008 já pode ser considerado um ano perdido para a bolsa. Se o mundo não cair numa recessão, só no segundo semestre de 2009 é que ele vislumbra melhora. No nível em que os preços das ações estão, Sá Pereira diz que, sob a ótica de longo prazo, ele não é mais vendedor e começa a querer fazer aquisições. Espera somente um evento catalisador. Na reversão, acredita que setores como siderurgia, petróleo e mineração é que sairão na frente. O comportamento do mercado ontem contrariou todos os fundamentos, com investidores estrangeiros procurando sair de commodities porque acham que o mundo vai entrar em recessão e as matérias-primas vão desabar, resume Walter Mendes, responsável pela área de renda variável do Banco Itaú. "Ontem, todos os parâmetros dos analistas para avaliar o mercado foram por água abaixo", diz.
Nesse ambiente, lembra Mendes, não importa que as empresas brasileiras continuem ganhando dinheiro mesmo depois da queda das commodities ou que suas ações já tenham caído bastante, atingindo uma relação Preço/Lucro (indicador de tempo de retorno do investimento) baixa, em torno de 9,5 vezes. Basta olhar o período de maio para cá, depois de o mercado atingir seu pico, onde o índice de commodities CRB Reuters cai 11,82%, enquanto o Ibovespa perdeu 28,63%. Parte desse descolamento reflete o peso da ação preferencial (PN, sem voto) da Petrobras no índice, que caiu no período 32,82%, e da ordinária (ON, com voto) da Vale, com recuo de 43,08%. Apenas dois papéis sobem, Nossa Caixa, pelo acordo de venda para o Banco do Brasil, e Eletrobrás, pelo acordo para pagar dividendos atrasados. Há dois tipos de estrangeiros deixando o país. O primeiro, fundos hedge internacionais que sofreram fortes resgates e precisam tirar dinheiro de onde puderem e vendem a qualquer preço. O segundo, os investidores de mais longo prazo que, diante das fortes quedas, atingem seus limites de baixa ("stop loss") e são obrigados a vender. Além disso, depois da queda, surgem os relatórios de bancos que recomendam a venda de Bovespa. Segundo Mendes, nas últimas semanas, o Brasil teria saído da indicação de 2% a 3% acima da média de mercado para neutro. Ele estima que o saldo de estrangeiros na Bovespa neste ano está negativo em R$ 20 bilhões. Os números da Bovespa indicam saída de R$ 16,672 bilhões até dia 5. "Enquanto isso, o investidor local se mantém no mercado, assistindo a essa saída de estrangeiros", diz.
Mendes diz que esta pode ser a hora de comprar olhando o longo prazo. Mas é preciso ter sangue-frio, pois a irracionalidade pode continuar. Ele estima o Ibovespa em 63 mil pontos no fim do ano. A queda do Ibovespa surpreendeu até os mais conservadores, como Lika Takahashi, chefe de análise da Fator Corretora. Para ela, há um movimento técnico, de zeragem de posições por conta de perdas, mas há fatores econômicos como a recuperação do dólar e o enfraquecimento das commodities. E a queda dos papéis de matérias-primas arrasta junto os demais setores. Lika diz que o mercado oferece boas oportunidades, para quem tem visão de longo prazo. "Para quem adota o estilo Warren Buffett, de olhar cinco anos adiante, há boas perspectivas", diz.

Pregão perde uma Petrobras e duas Vale

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O mercado começa a semana em tom de ressaca, depois da grande piora na semana passada, com novos capítulos da crise financeira. Um levantamento feito pelo Valor mostra que na quinta-feira, quando todas as bolsas caíram muito, o valor de mercado (quantidade de ações multiplicada pelo preço dos papéis) da Bovespa chegou ao fundo do poço: R$ 1,87 trilhão. Esse é o menor valor de mercado da bolsa brasileira desde que a crise deflagrada pelos problemas do setor hipotecário americano contaminou o mundo, há mais de um ano (ver gráfico abaixo). Desde a última máxima histórica do Índice Bovespa, em 20 de maio, a bolsa brasileira já perdeu R$ 723 bilhões de valor de mercado. Exatamente, bilhões. Para se ter idéia do rombo, isso significa que em pouco mais de quatro meses o pregão perdeu o equivalente a uma Petrobras, com valor de mercado de R$ 312,3 bilhões na última quinta-feira, e duas Vale, com valor de mercado de R$ 206,3 bilhões. O mais preocupante desta história é que, apesar da leve recuperação do Ibovespa na sexta-feira, de 1,03%, o que se espera é que o mercado continue passando por novos chacoalhões.
"Pelos baixíssimos preços que estão as ações e pelos bons fundamentos que as companhias brasileiras ainda possuem, obviamente que o mercado deveria ser de recuperação", diz o diretor de investimentos da Fundação Cesp, Jorge Simino. "No entanto, o fluxo de recursos é soberano e, neste momento de grande aversão ao risco, ele é nitidamente de saída", afirma Simino.

O saldo líquido (diferença entre compras e vendas) de investimento estrangeiro na Bovespa no ano, até o dia 2 deste mês, está negativo em R$ 16,628 bilhões.
O grande temor dos investidores é que a desaceleração da economia americana seja grande o suficiente para contaminar a economia mundial. As expectativas com relação aos EUA mostram que há motivos para os aplicadores se retraírem. Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve crescer apenas 0,5% este ano e 0,6% em 2009. "Esses números são assustadores, principalmente considerando que o FMI tem sempre uma visão das coisas mais positiva do que elas realmente são", diz o diretor da Fundação Cesp. Mesmo que as estimativas do Fundo estejam certas, é impossível acreditar que o mundo passará bem obrigado por um baque dessa magnitude na maior economia do planeta.
Desde que a crise financeira se agravou, em meados de julho do ano passado, a Bovespa já perdeu R$ 251 bilhões ou 12% do total. As quedas no valor de mercado das duas companhias mais importantes do pregão também são reveladoras. Entre maio (o melhor momento do mercado) e quinta passada, o valor da Petrobras caiu R$ 94,7 bilhões ou 31,4%. No mesmo período, o valor de mercado da Vale teve uma queda de R$ 160,2 bilhões ou 34%.
A dúvida sobre o crescimento da economia mundial deflagrou um processo de desvalorização no preço das commodities, o que agravou o tombo da bolsa brasileiro, altamente concentrada em papéis dessas empresas, como a Petrobras e a Vale.

Petr4: furando um suporte atrás do outro.

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Confesso que não gosto de gráficos Intra day. Mas o de baixo (clique para ampli-lo), demonstra que o humor do mercado já rompeu o suporte previsto de ontem (ver: http://ondasfinanceiras.blogspot.com/2008/09/petr4-nunca-na-histria-deste-pas-blergh.html) atingindo o valor de 32,00 no pregão de hoje. Não há indicativos no IFR21 (que normalmente uso nos Intra day para obter maior precisão) onde ainda encontra-se na posição de sobre compra (mostrando força vendedora). Não há sinais de possibilidade de alta com o cruzamento da média expononencial de 5 flods em relação a de 21 flods, enfim, tecnês a parte, não consigo ver melhora para nossa saudosa (buáááá!) petr4. Próximos suportes em 31,50; 30,00 (praticamente psicológico para ser rompido) e finalmente 27,80-preço visto em julho de 2007. Pra quem confia na ortodoxia do preço médio, talvez sejam boas oportunidades de entrada para longo prazo.





Mais postagens em: http://ondasfinanceiras.blogspot.com

petr4: nunca na história deste País... Blergh!

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Pedra no caminho, petr sem caminho. Ontem realizei uma breve análise de vale5 (http://ondasfinanceiras.blogspot.com/2008/09/vale-5-sinais-de-queda-iminente.html)mostrando um topo duplo indigesto que demonstra uma acentuada queda a curto prazo. Parece até auto-sugestão ao contrário, mas eu não queria ver um fenômeno parecido em petr4. Infelizmente, como um tapa na outra face, a queda de 3,19% de vale ao final do after market de hoje me mostra que nossa petrobrás esta indo pelo mesmo caminho da Vale. Também há topo duplo que mostra o caminho ao suporte histórico de 32,20. Se perder, menino, vai ser um Deus nos acuda.

Interessante é ver o "jogo de cena" de nosso batráquio presidente sujando as mãos de óleo na inauguração simbólica da exploração do petróleo no pré-sal. Alardea-se aos quatro ventos a criação de uma nova estatal e o discurso vazio do petróleo para o povo e blá,blá,blá (não é o Hugo Chaves Chapolin falando; é o Lula) é o camarada presidente vem fazer discurso em cima da imagem da petrobrás (ver: http://ondasfinanceiras.blogspot.com/2008/07/nova-empresa-para-explorar-as-reservas.html). Bem, não conveceu. O gráfico abaixo diz tudo. O IFR14 segue em posição parcial de sobre compra com um OBV10 de acordo com a queda-sem mostrar nenhum sinal de reversão- e com indicativo de novos tombos na cotação. Ficamos nesta. Barbas de molho ou novas posições de compra? Caros leitores, é com dor que digo, acho que fico com a primeira opção por falta de transparência e seriedade de nossos gestores.


(clique no gráfico para amplia-lo).

Vale 5: sinais de queda iminente.

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Vale, valha-me Deus. Não gostei dos dois topos que se formaram nos últimos pregões. Com o IFR14 ainda em posição de sobre compra, esta figura indica uma potencial queda do ativo para os próximos dias. Se isso acontecer, suporte em R$ 33,50 por ativo. Para quem estava comemerando os parcos ganhos de vale 5, segue uma notícia ruim para o curto prazo. Como sempre, perda a uns, oportunidade aos outros. Quem estiver com um dindin líquido, pode fazer um trade interessante para pagar o whisky e afogar as mágoas do mês do chachorro louco (agosto).


Bons investimentos






A empresa deve impostos? A culpa é do acionista!

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Ontem verificamos a derrocada das ações da eletropaulo com o sumário bloqueio das reservas destinadas ao pagamento dos suados dividendos de nós, acionistas.

Ok, não vou me armar de discursos inflamados contra os impostos ou as regras tributárias. Regras são regras. Se houve uma má interpretação da lei em relação ao pagamento do COFINS a 16 anos atrás em relação ao setor elétrico e agora, o STJ estabelece uma interpretação que embasa a receita a recolher impostos e juros da eletropaulo, bem!

Agora digam-me, aonde esta nas leis da CVM ou lei das S.A. ou qualquer um dos códigos brasileiros (evocando os advogados tributaristas de plantão, pois eu não consegui achar nenhum embasamento jurídico a ação descrita no artigo abaixo), para garfar os dividendos dos acionistas.

Soluções como o fundo de reserva ao pagamento da dívida ou comprometimento de recursos futuros; ou tantos recursos contábeis e de gestão que poderiam ser realizados!!! Não, vamos garfar dos malditos capitalistas. REGRAS DO JOGO DEVEM SER JUSTAS. AÇÕES COMO ESTA DEMOSTRAM NOSSA MENTALIDADE POPULISTA E RETRÓGRADA.





Fundo do poço? Não sei, mas a força pra nos enterrar diminui.

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Aos que me perguntam se há algum indicador que traga alguma luz a reversão da tendência na bolsa brasileira, bem, infelizmente não. Hoje vi algo interessante e que, ante a escola técnica clássica, indica talvez, não uma reversão, mas uma perda contínua da força vendedora: o volume de negociações atingiu um valor de pouco mais de 2 bilhões, ou seja, 150% abaixo da média observada nos últimos 2 meses.

Não podemos incluir tal fato como um fator de reversão já que não há nenhum indicador importante associado a este diminuição gradativa do volume, mas funciona como um sinal de que poderemos ter uma reação do mercado brasileiro. A reportagem abaixo indica a diminuição do apetite do investidor brasileiro que se associa a supra citada saída do capital estrangeiro que explicam este volume. Enfim, sair do fundo do poço continua sendo uma mera esperança.



VisaNet: aguardado lançamento na bolsa brasileira

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Olha ai, quem sabe a oferta secundária da VisaNet saia ainda este ano (ver reportagem abaixo). Mesmo para aqueles que não lembram, a oferta da Redecard foi a alegria dos pequenos peixes no ano passado. Foi aquelas de no primeiro dia pagar as férias, a escola das crianças e sobrar dinheiro para pagar uma rodada para os amigos.

Pois bem, VisaNet pode ser uma ótima oportunidade associado a quem comprar ações do Banco do Brasil (bbas3) ou do Bradesco (bbdc3 e bbdc4). Afinal, não só estão na ponta vendedora, o que aumenta o fluxo de caixa, como também são dentetores-aumento do preço das ações de VisaNet- aumentam o patrimônio destes bancos. Vamos esperar.







VisaNet

Bovh3 e Bmef3: engolfando a má fase?

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Você que esta comprado nestes papéis deve estar com aquela comichão. De repente se comprou nestas últimas baixas e esta vendo o papel com valor equivalente ao que comprou ou mesmo com um lucrinho pequinininho mais verdadeiro. O que fazer?
Há dois indicadores interessantes vindo da análise técnica (clique e amplie os gráficos abaixo): o primeiro vem do OBV (on balance value) que demonstra que a força compradora retornou! Mas em um só pregão você afirma isso (diria meu estimado leitor)? Confesso a você que segue agora o outro indicador interessante supra citado. Notem que em ambos os casos há um candle de alta expressivo que engolfa o candle de baixo do pregão de ontem. Principalmente em bmef3 o volume de negócios não deixa dúvida de que há uma forte sinalização de reversão.
Claro que pode ser simples especulação em decorrência da fusão capital da Bovespa Holding e da BMeF tornando a nova empresa a 3ª maior bolsa do mundo (perdendo apenas para a bolsa de Chicago e a NYSE)... Para! Isso não é especulação vazia. Estamos entrando no mérito de uma empresa sólida com ótimos fundamentos e um futuro extremamente promissor; recordo, de um breve artigo que publiquei no "Ondas" (http://ondasfinanceiras.blogspot.com/2008/08/mega-bolsa-perspectivas-no-reconhecidas.html) onde frisava este argumento.
Agora ou com o novo papel da megabolsa, tenho convicção de que se trata de um bom investimento para médio e longo prazo.
Para os mais receosos, conservadores, traumatizados, ou seja qual for a semântico de contexto; espere o cruzamento da média de 5 dias em relação a de 21 dias para uma maior tranquilidade de investimento.


Canhões rugem. Violinos são lembranças ou esperanças.

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A cada novo pregão parece que renovam-se as esperanças de uma reviravolta ou racionalização do mercado em relação ao bear market que esbanja força. Pura ilusão! No momento que as primeiras notícias dos mercados internacionais vem a tona ou se abrem os primeiros negócios em Wall Streat, voltamos a realidade da sangria do momento atual de nosso mundo financeiro.

A notícia de hoje (ver abaixo) parece não ser novidade nestes tempos. Nossas empresas mostram resultados fundamentados com baixas pequenas em relação ao verificado em pares internacionais. Infelizmente (ou não!) precificamos um futuro de prejuízos e frustrações.

Bem, se este não são os canhões que rugem mostrando bons momentos de compra, não queiram esperam os violinos para começar a formar a carteira.







George Soros: norteando o mercado?

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Os movimentos de um mercado com capital pulverizado podem não refletir a realidade de uma empresa ou situação macroeconômica futura. Prova disso é o famoso "efeito manada" que compreende a venda (ou compra!) exacerbada de ativos ante a notícias ou manipulação de grandes players, sem a justificativa real para o movimento.

Fico preocupado quando um dos maiores investidores de todos os tempos- George Soros - em seu fundo de ações, vende praticamente toda a sua posição em Vale (ADR's) e investe o capital em outra empresa do mesmo país (no caso petrobrás). Estratégia? Informação insider? Vale virará mico? Esperemos pra ver.


Soros comprou ações da Petrobras e vendeu as da Vale
Portal Exame - 15.08.2008 07h19

Por Cynthia Decloedt e Danielle Chaves
Agência Estado


O Soros Fund Management LCC, administrado pelo investidor bilionário George Soros, comprou US$ 811 milhões em participação na Petrobras recentemente, informou ontem à noite a Bloomberg News, segundo a agência Dow Jones.
A aquisição fez da estatal brasileira o maior investimento do fundo. A participação na Petrobras representa 22% do total de 3,68 bilhões de ações e de recibos de depósito de ações (ADRs) detidos pelo fundo, disse a Bloomberg, citando documentos apresentados à Comissão de Valores Mobiliários americana (a Securities and Exchange Commission, SEC).
Vale
O fundo de hedge do bilionário George Soros eliminou sua maior participação em uma única companhia durante o segundo trimestre deste ano. Ontem, o fundo informou que não possui mais nenhuma participação na brasileira Vale.
O Soros Fund Management havia relatado anteriormente que possuía 3,2 milhões de ADRs preferenciais e 6,6 milhões de ADRs ordinários da Vale, avaliados em US$ 323 milhões no fim do primeiro trimestre de 2008.
No documento, o fundo informou que o valor de mercado de seus ativos era de US$ 3,68 bilhões em 30 de junho, acima dos US$ 2,16 bilhões registrados no fim do trimestre imediatamente anterior.
A alteração na carteira do fundo pode refletir o desempenho de seus ativos, uma mudança para investimentos que não tenham de ser informados à SEC ou uma combinação dos dois. As informações são da Dow Jones.

Mega Bolsa: perspectivas não reconhecidas.

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A esperada fusão da Bovespa e da BMeF ocorre de foma promissora onde já ocorre, inclusive a divulgação dos primeiros balanços envolvendo as duas instituições em uma única grande empresa consolidada. Os números vem aquem dos resultados obtidos no mês anterior, mas muito mais do que precificados ante as quedas monstruosas de 48% e 31% sobre o valor de lançamento de BMeF e Bovh3 respecitvamente. Mesmo com a crise deflagrada pelos abusos de crédito americanos, temos sólidos fundamentos atuais as duas empresas, além de grandes perspectivas com base nos novos padrões de negócio estabelecidos pelo sistema Globex e pela estratégica posição da BMeF na negociação de commodities agrícolas além da Bovespa como centro financeiro da América Latina.

Paremos para abstrair algo real onde nossa MegaBolsa será a 2ª em volume de negócios(perdendo apenas para a Bolsa de Chicago) e ainda é a 4ª em valor (ver reportagem abaixo).

Previsão não é uma palavra interessante a um investidor ou analista. Na minha humilde opinião, vejo que tais papéis deverão se sobressair como vedetes do capital estrangeiro ante a perspectiva de valorização e o expresso valor intrínsico que se evidencia nos métodos fundamentalistas de precificação.
Fontes;
BM&F Bovespa divulga 1º balanço (valor econômico - 14/8)

Ondas Financeiras: blog selecionado pelo InfoMoney!

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O reconhecimento de um trabalho pode vir através de várias formas contudentes de ações e repercussões da mensagem e contribuição que este labor remete a sociedade ou a grupos específicos.

Hoje, tive a honra de ver que o "Ondas Financeiras" lista entre os blogs recomendados pelo InfoMoney (um dos mais conceituados canais de informação e comunicação dos investidores brasileiros).

Mais uma vez os gestores deste precioso portal demonstram seu compromisso com a democratização e transparência de informações que se não idealizam o mercado, cumprem o nicho de igualar parcialmente o arcabouço a tomada de decisões por parte dos trades e atores do mundo financeiro de nosso País.


Atenciosamente


Augusto César da M. Willer

Os brasileiros salvarão a Bovespa

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A saída de capital estrangeiro supera os 14 bilhões de Reais no acumulado do ano. O dinheiro gringo sai dos emergentes para cobrir os rombos decadentes de uma política de investimento que foi baseada na empolgação acumulada de anos ante ao controle de risco. Enquanto isso, o investidor brasileiro, mesmo que de forma mais tímida, demonstra um saldo de mais de 300 milhões de investimentos na bolsa (balanço acumulado de 2008). Não posso crer que há apenas fé em nossas empresas. Creio, sim, na consciência de que migramos a passos largos a uma economia globalizada e com poderosos fundamentos que justificaram nossos investimentos.

Usando do velho jargão: Na bolsa de valores, os apressados inconsequêntes cedem capital aos que tem paciência. Senhores e senhoras, acredito em um bom momento de construir carteiras para um longo prazo (pra quem tem coração forte e estômago blindado!).


Bons investimentos


PS- Abaixo, breva análise do Valor Econômico sobre o movimento financeiro estrangeiro e local na Bovespa



Saída líquida de estrangeiros soma R$ 15,4 bilhões no ano


Os investidores estrangeiros já retiraram mais recursos do que aplicaram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No acumulado do ano, até o dia 7, o saldo líquido de investimento externo na bolsa está negativo em R$ 15,418 bilhões. Somente nos cinco dias úteis do mês de agosto, R$ 1,135 bilhão deixaram o mercado acionário brasileiro. Se o movimento se mantiver nessa mesma toada, o saldo de investimento estrangeiro na Bovespa caminha para o terceiro mês seguido de resgates maiores que os ingressos de recursos no pregão. Em junho, R$ 7,415 bilhões saíram da bolsa ante as aplicações do investidor externo. Em julho, foram outros R$ 7,627 bilhões. No ano passado, o saldo de aplicações de estrangeiros na bolsa ficou negativo em R$ 4,235 bilhões.
Enquanto os estrangeiros batem em retirada, os aplicadores pessoa física seguem investindo na bolsa na fé de que a recuperação deve acontecer no médio prazo. No mês, até o dia 7, os ingressos superam as saídas em R$ 392 milhões. A grande maioria desses investidores está aproveitando as cotações mais baixas no mercado para fazer um preço médio e compensar parte das perdas recentes. O valor aplicado pela pessoa física é, inclusive, superior ao total líquido aplicado pelos investidores institucionais, de R$ 366 milhões.

A lei seca pode secar as ações da Ambev

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Em mais uma atitude altruista com objetivos de preservar o País de bebuns e companhias limitadas (e até S.A.). Do planalto, autorizou-se o aumento de 30% sobre a alíquota de impostos sobre bebidas quentes (vinhos e destilados) a partir deste mês. (ver reportagem clicando no link abaixo). Como tais ações poderão "secar" ações das poderoas ambev ou mesmo de empresas ligadas ao setor como a São Martinho e a Cosan, ainda será refletida no futuro próximo.
Fico preocupado, do que jeito que vai, nem a cachaça para afogar as magoas da crise não serão possíveis.
Receita Federal sobe 30% taxa sobre as chamadas bebidas quentes

Perdemos qualquer referência: o pandemônio mercadológico

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Perdemos as últimas referências de tendência do mercado. Verificamos as quedas de petrobrás e vale nos últimos dias com a explicação da queda do preço das commodities nos mercados internancionais. Os bancos despencam por ações governamentais restritivas e onerosas, associadas ao saldo negativo do capital estrangeiro e blá, blá,blá.
Então diz ai, o que justifica 16,48% de elevação das cotações da Goll4. A empresa foi a que mais desvalorizou no último ano (cerca de US$2,4 bi), as empresas aéreas no mundo afora acumulam mais de 11 bi de doletas atoladas em prejuízos e desvalorização. O barril caiu mas continua em valores que oneram demasiadamente as voadoras. Espera-se algum descolamento de empresas que sofrem com o aumento do combustível que corroi o lucro das aéreas, mas 16,48% em um único dia???? Vamos comprar volatilidade! Abaixo uma interessante reportagem do Valor Econômico que enfatiza o desnorteio do mercado.
http://noticiasecontextos.blogspot.com/2008_08_05_archive.html

Bradesco (BBDC4): em breve no momento de compra

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Só falta ver o IFR14 mais próximo as bases de sobre venda (menor que 25% no caso deste ativo) e encontrar a linha de baixo da bollinger bands, bingo, teremos o momento de compra de um banco com resultados surprendentes, como visto no gráfico 2 deste post.



Nota-se um papel massacrado pela saída de capital estrangeiro e pelos temores dos prejuízos bancários em bancos americanos e europeus, que na minha opinião, não lastreiam as instituições financeiras brasileiras.








(gráfico 01 - clique para ampliar)






Há um interessante suporte em R$ 30,00 que se tocado pelo avanço das cotações de BBDC4, acredito ser um interessante ponto de compra, em se tratando de um padrão histórico observado nos últimos 18 meses. Tal suporte é confirmado por Fibo na linha de 38,20%.

(gráfico 02 - clique para ampliar)

O gráfico acima demonstra a solidez da evolução de lucratividade e proventos, como manda a cartilha dos grandes investidores.

Alguém consegue rir com a crise finaneira

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Aqui estamos nós, chorando as pitangas em cima da crise financeira e abruptas quedas na bolsa.
Quer ver como pensa o excelentíssimo presidente George Bush? Leia o texto abaixo e o vídeo...
Bush explica a crise: ''Wall Street ficou bêbada''

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tem uma explicação para a crise no mercado imobiliário americano, principal responsável pela instabilidade da economia mundial: Wall Street ficou bêbada. "Não há nenhuma dúvida sobre isso. Wall Street ficou bêbada", afirmou o presidente em um evento reservado, em Houston, na última sexta-feira. "Ela ficou bêbada e agora está de ressaca. A pergunta é: quanto tempo demorará para ficar sóbria e não mais usar todos esses complicados instrumentos financeiros?", indagou o presidente americano. Os comentários foram gravados em uma câmera de celular e colocados no YouTube terça-feira. O presidente foi a Houston para arrecadar fundos para o candidato republicano a uma vaga no Congresso Pete Olson, que concorre com o atual titular da cadeira, Nick Lampson, do Partido Democrata.
O vídeo mostra Bush divertindo-se com uma audiência simpática e fazendo piada sobre como será sua vida após deixar a Casa Branca, em janeiro. "Temos uma questão habitacional a ser resolvida", disse Bush. "Não em Houston, não em Dallas, claro, porque a Laura está tentando comprar uma casa hoje", disse, referindo-se àmulher. Bush explicou que sua Laura Bush não deseja mais morar na cidadezinha de Crawford, no Texas. "Eu gosto de Crawford. Infelizmente, depois de oito anos pedindo que ela se sacrificasse, não sou mais o encarregado pelas decisões", afirmou. Bush, de 62 anos, foi preso por dirigir embriagado quando tinha 30 anos e deixou de ingerir álcool quando completou 40 anos.





 

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