Tesouro Direto: como investir nos títulos de dívida do governo brasileiro?

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Caríssimos leitores;


Este ano minhas atividades acadêmicas estão tolindo meu bom gasto tempo de escritor amador. Pela centésima vez peço desculpas por tanto tempo sem escrever.

Baseado no didático texto do Samurai (forista do infomoney), segue um interessante texto para quem quer se livrar das amarras dos bancos com taxas exorbitantes e investir no TÍTULOS E LETRAS DO TESOURO NACIONAL. É bem mais fácil, com baixo risco e mais rentável que os "sem sal", Renda Fixa e DI das instituições financeiros de varejo tradicionais.


O Tesouro Direto funciona assim. Você empresta dinheiro para o governo e, no momento que você vai pegar o empréstimo o governo já te fala quanto que ele vai te devolver. Isso você faz comprando títulos da dívida pública. Cada título tem um valor e uma data de vencimento. Por exemplo, hoje o título LFT 070312 possui data de vencimento em 07/03/2012 e possui preço de compra de R$ 3388,02. No entanto, não é necessário comprar o título inteiro. Pode ser negociado múltiplos de 0,2 títulos. Nesse exemplo desse título só pode ser comprado múltiplos inteiro de R$ 677,61. Mas existem títulos que seus múltiplos são da ordem de R$ 150,00. Mas o que é essa data de vencimento? A data de vencimento é o seguinte: Quando você empresta o dinheiro você está se comprometendo a emprestar o dinheiro até a data de vencimento. Somente na data de vencimento é que o dinheiro volta pra você. Atualmente existem títulos para vender com data de vencimento desde esse ano até 203X mais ou menos. Bom, você deve estar interessado também nas taxas, óbvio. Você paga 2 taxas para investir no Tesouro Direto. Uma taxa fixa de 0,4% ao ano do valor total investido você paga para a CBLC e mais uma outra taxa, que é chamada de taxa de custódia que você paga para a instituição financeira que vai guardar os seus títulos durante esse período. Eu atualmente uso a Título Corretora, que cobra taxas de 0,3% ao ano. No caso do BB ele cobra 0,5% ao ano. Ótimo, mas até agora eu não te falei sobre a rentabilidade né? É o seguinte. Tem 3 tipos de títulos: os títulos vinculados a inflação, os títulos pré fixados e os títulos vinculados a taxa básica da economia (selic). No primeiro caso, quando você vai negociar um título você combina que quer receber a inflação (IPCA) mais uma taxa. Nos títulos disponíveis atualmente as taxas variam de 6,XX% até 7,82% MAIS a inflação do período. No caso dos títulos pré-fixados a taxa é negociada totalmente antes e é da ordem de 12% ao ano. No caso dos títulos vinculados a SELIC a taxa é a taxa SELIC, que atualmente é de 11,75% . Mas eu vou ter um rendimento líquido de 7,82% ao ano mais o rendimento da inflação (cerca de 5%) ao ano? Não, esse rendimento é bruto. Aí você tem que descontar as taxas, que são aqueles 0,4% da CBLC, os 0,5% do BB e mais o imposto de renda retido na fonte. Na prática você vai receber algo próximo de 10% líquido, o que dá uns 4,5% ou 5% acima da inflação. Muito melhor do que a poupança e com risco igual ao da inflação. Você deve ter pensando que um ponto negativo é que você só tem o dinheiro de volta somente depois da data de vencimento. Mas se você quiser vender antes, o governo assume a recompra dos papéis toda quarta feira. Só que nesse caso a taxa que você consegue pode variar (até para o lado negativo) do que aquela taxa que você negociou. Esse é o principal risco do negócio, você precisar do dinheiro antes da data de vencimento e o país estar num momento de estresse. Aí nesse caso, e somente nesse caso, você perde dinheiro. Se esperar, mesmo o país estando em períodos de turbulência, o governo paga o que foi negociado.

Cosan compra Esso no Brasil

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Mesmo com a compra de da rede ESSO de distribuição e a promessa de sinergia entre a produção de álcool (COSAN) e a venda a varejo de combustível, isso não conveceu o mercado.

A pergunta é: por quê? A resposta me parece simples: confiança. Mesmo que o negócio seja extremamente interessante na geração de fluxo de caixa futuro- o que representaria uma significativa valorização das ações- não é o fato principal para convencer os investidores. Sr. Ometto, depois das falcatruas e a explícita quebra de compromissos que vossa senhoria fez em relação aos princípios do novo mercado, não é um sorriso bonito em capa de revista que te trará credibilidade. Fecha o repórter ESSO!


Cosan compra Esso no Brasil
24.04.2008
Maior produtora de etanol no Brasil agora entra no mercado de distribuição e comercialização de combustíveis

Por Marcelo Onaga


EXAME


A Cosan, maior processadora de cana-de açúcar do mundo, comprou os ativos da Esso no Brasil por 826 milhões de dólares. A ExxonMobil, maior petrolífera do mundo e dona da Esso, buscava compradores para seus ativos no país há meses. Os favoritos para fechar o negócio, entretanto, eram a Petrobras e o fundo de private equity GP Investimentos.
Os dois concorrentes foram desbancados pela Cosan, que agora entra no mercado de distribuição e comercialização de combustíveis. Com a aquisição, a companhia espera se tornar “o primeiro player de energia renovável explorando desde o plantio da cana-de-açúcar até a distribuição e comercialização de combustíveis no varejo e atacado”.
O negócio abrange 1500 postos de combustíveis em 20 estados brasileiros, além de quatro terminais de abastecimento e distribuição de combustíveis. Engloba, ainda, a participação da Esso em outros 17 terminais por meio de joint-venture com outras distribuidoras.
A Cosan continuará utilizando a marca Esso, que hoje representa o quinto maior varejista de combustíveis no país, com 7,2% de participação de mercado, segundo dados do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom). A operação também garantirá à empresa fornecer combustível a companhias aéreas e atuar no mercado de lubrificantes, podendo revender e utilizar as marcas não só da Esso, como também da ExxonMobil no Brasil.
Para assumir o negócio, no entanto, além de desembolsar 826 milhões de dólares, a Cosan vai arcar com uma dívida de 163 milhões de dólares da Esso. Serão utilizados para pagamento os 310 milhões de dólares captados pela companhia com a operação de aumento de capital realizada em janeiro deste ano e o restante deverá ser financiado. A Cosan afirma que “os recursos provenientes da abertura de capital da Cosan Limited serão preservados para o desenvolvimento das atividades de etanol, açúcar e co-geração de energia”.
Dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que a comercialização de etanol no Brasil já começa a superar a de gasolina. Em fevereiro, foram vendidos 1.409 milhões de metros cúbicos de gasolina e 1.434 milhões de metros cúbicos de etanol, já incluindo o etanol anidro adicionado à gasolina. Durante o período de 2003 a 2007, o consumo de etanol hidratado alcançou o crescimento anual de 29,1% contra apenas 2,7% da gasolina. “Posicionar a Cosan de forma relevante no setor de distribuição de combustíveis é um passo importante na consolidação do etanol como o principal combustível do mercado brasileiro”, diz a empresa em nota.
A consolidação do setor foi um dos motivos que levou a Cosan a comprar a Esso. As cinco maiores empresas de distribuição de combustíveis no Brasil são responsáveis por 76% do volume total comercializado no país, segundo o Sindicom.
Ações
A notícia da compra da Esso não animou os investidores na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Às 10h25, as ações da Cosan eram negociadas em queda de 0,4%, a 26,89 reais.

Benefícios as bolsas brasileiras

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Sem sombra de dúvida não se pode negar que nosso governo segue a corretíssima linha ortodoxa da economia no que tange ao estímulo a produção e geração de dividendos reais (ou seria Reais?). O fator maior é a não incidência de aumentos da CSLL sobre investimentos diretamente realizados sobre ativos negociados na BMeF e Bovespa. Me parece algo óbvio em um país onde menos de 20% do PIB é destinado a investimentos e mais de 40% ao pagamento de dívida. É óbvio que, para qualquer economista de fundo de quintal, o investimento deve partir da iniciativa privada. Facemos este País crescer!


Bolsas devem escapar de aumento da alíquota da CSLL
25.04.2008 18h02

Por Fabio Graner e Paula Laier
Agência Estado

A Bolsa de Mercadorias & Futuros (BMF) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) devem ficar de fora da elevação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) sobre o setor financeiro determinada pelo governo na Medida Provisória 413, que está em tramitação no Congresso Nacional. A informação foi dada pelo relator da matéria na Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG). Ele explicou que promoveu uma alteração no texto original determinando o retorno da tributação da CSLL nas bolsas a 9%, enquanto o restante do sistema financeiro será taxado em 15% a partir de maio.
"A alteração foi feita porque entendo que a bolsa não faz intermediação financeira", afirmou. Ele destacou que a fusão da BMF com a Bovespa criou a terceira maior bolsa do planeta e que a elevação da CSLL implicaria em maiores custos para se operar na bolsa, reduzindo o volume negociado e estimulando a saída de investidores para bolsas em outros países, que trabalham com custos menores.
Cunha afirmou que há um bom nível de entendimento em torno do relatório da MP e disse que a idéia é votá-lo na segunda-feira. Ele explicou que, como a MP vence em 6 de junho, é necessário agilizar sua apreciação para que o Senado tenha tempo de examiná-la e votá-la.

 

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