Sobre consistência, risco e probabilidades

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Muito interessante este texto. Vale a leitura.



Por Matheus Dini
Embora para muitos a bolsa de valores pareça uma mina com pedras
preciosas muito fáceis de agarrar, e consequentemente traga um enriquecimento
rápido, apenas o tempo, para aqueles que sobrevivem, mostra que a história
não é bem assim, e com certeza muito diferente disso.
A consistência deveria ser o primeiro objetivo dos operadores, mas ao contrário disso,
busca-se ferramentas ou dicas milagrosas, que façam um montante qualquer crescer
exponencialmente em questãode semanas ou meses. Geralmente o que realmente acontece é
o fracasso absoluto e sem volta. O grande aventureiro sai extremamente machucado do
mercado e nunca mais retorna, e acaba por não conhecer o verdadeiro jogo de operar.
Digo jogo, pois na realidade o mercado é simplesmente um jogo de probabilidades,
e nele necessitamos de apenas três coisas: aceitar um risco calculado,
uma estratégia de operação onde a probabilidade esteja a nosso favor, e um controle das
emoções.
Ninguém necessita saber qual o movimento o mercado vai fazer amanhã para operar. Um
dia sobe, outro desce, e isso pode acontecer por qualquer motivo que não importa...além do
que a interpretação de todos os fatos é extremamente árdua e imprecisa.
Enfim, o mercado pode fazer qualquer coisa, e não adianta torcer.
A única coisa que podemos fazer é analisar uma determinada ação e operar com a
probabilidade a nosso favor, e cortar rapidamente as perdas em caso dos preços da
determinada ação se voltarem contra o nosso objetivo, sem hesitação.
Cada operação é única, e é uma sequência razoável de número de operações que irá trazer
essa consistência e resultados positivos.
Podemos usar a análise técnica, e é claro que quanto mais dominarmos essa técnica melhor,
mas que tenhamos sempre em mente que ela não é a verdade absoluta, e que vamos errar
muito, e uma sequência de operações positivas não quer dizer que dominamos o jogo do
mercado, bem como uma sequência negativa não pode nos tirar o verdadeiro foco, de
manter a disciplina, a consistência e o constante aprendizado.
Portanto, por mais brilhantes analistas que sejamos, por mais ferramentas que utilizemos,
se não entendermos a palavra consistência, aceitar o risco de verdade e entender que cada
operação é única e a sequência delas nos trará o sucesso no mercado, vamos cada vez
procurar um novo modelo, um novo indicador ou guru para nos guiar no jogo do mercado,
tentando descobrir em vão qual vai ser o próximo movimento.
Infelizmente a maioria dos operadores parte para o caminho mais difícil, que é de a cada
sequência de operações erradas trocar os indicadores acreditando ser esse o problema.
Essa troca pode levar a algumas operações positivas, mas logo retornando novamente a não
funcionar e a busca por outro indicador.
Apenas analisando a tendência do ativo e seus suportes e resistências, podemos facilmente
jogar com a probabilidade a nosso favor. Calculando nosso risco/benefício, e esse tendo
uma proporção de um para três, levamos mais vantagem ainda... Não precisa acertar todas...
Eu diria que nem metade, para auferir lucro consistente em uma sequência de operações.
MACD, Elliot, Fibonacci... pode servir para alguns... mas com certeza o escrito acima deve
servir para todos!


Bibliografia Básica
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Trading for a Living, Alexander Elder
Coming in to my Trading Room, Alexander Elder
Trading in the Zone, Mark Douglas
A Mathematician Plays the Stock Market, John Allen Paulos
Technical Analyses of the Financial Markets, John Murphy

Visão racional da crise: uma realidade de transição

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Interessante discutirmos o que de fato é uma crise de proporções mundiais e o que está acontecendo nas atuais circustâncias globais com epicentro americano.
De forma negativa podemos pensar na crise de crédito americana como sendo o prenúncio de algo poderoso e que levara as grandes economias ao fim dos tempos. Exagero?
Sim. De fato, crises verdadeiras se dão por guerras devastadoras e falta de insumos essenciais como fontes de energia, alimento e água. Isso poderá ocorrer?
Infelizmente sim. Neste momento teremos uma crise verdadeira.
E os eventos econômicos atuais, o que podem significar? Ao meu ver volatilidade, muita volatilidade no mercado que pode ter como decorrência, a oportunidade inteligente. Neste momento é hora de formarmos nossas carteiras com perspectivas de longo prazo e a construção de nossa sólida aposentadoria ou pelo menos um pé de meia a um projeto de vida maior.
Bons investimentos.


Como distinguir as grandes crises mundiais das pequenas



Marcos Elias (Valor econômico)









A atual crise americana é pequena. É uma crise de crédito, e não de liquidez, e que custará algo entre US$ 500 bilhões e US$ 1 trilhão. Não são números grandes para a economia americana que, voluntariamente, decide gastar algo parecido no Iraque. E o que é uma crise grande? Uma bem grande funcionaria mais ou menos assim: hoje, como lá a maré não está para peixe, a família compensa a inflação de commodities com uma deflação nos preços de alguns serviços. É simples de entender. John abastece (sozinho) o tanque de seu Plymouth Belvedere 5.0 V8 e gasta US$ 80,00. Coça a cabeça e pensa: "A gasolina aumentou de US$ 2,00 para US$ 3,00 o galão". Volta para casa e diz para Mary que não jantarão no Wendy's mais naquela noite porque gastou sua cota diária com a gasolina. Na verdade, William, o franqueado da Wendy's tem sentido seu restaurante esvaziar e já há algumas semanas pediu ao franqueador que bolasse combos mais baratos. A inflação do preço do petróleo tem induzido uma deflação nos preços dos hambúrgueres. Além disso, a China ainda funciona como uma espécie de "Volta Redonda" ou de "Cubatão" dos americanos. Produzem e exportam muito, controlando os preços dos produtos nos EUA e refinanciando com os ganhos da exportação seus déficits magníficos. Essa "racionalidade" na economia familiar americana só não funciona no Natal e no Dia de Ação de Graças: aí, John não quer nem saber, e gasta tendo ou não dinheiro. É como se Deus avalizasse seu comportamento... Mas chega um dia, digamos, daqui a cinco anos (porque somos otimistas), a economia americana volta a se aquecer. E o coitado do William, que passou por maus bocados, não quer nem saber: aumenta os preços. Volta o poder de barganha da indústria de consumo e com ela a inflação. Mas o planeta Terra não são apenas os EUA (embora eles consumam e sujem como se fossem): somos 7 bilhões de pessoas hoje (não daqui a cinco anos). Então, os chineses também querem consumir: beber água de vez em quando, ganhar mais de US$ 100,00 por mês, etc. Ressaltemos que hoje a China e Índia apresentam padrões de consumo per capita "africanos". Com o aquecimento interno do consumo, vem a inflação na China. O petróleo (como já exploramos mais de 50% das reservas existentes no planeta) não cai mais de preço. O carvão virou ouro. A Vale a maior companhia do mundo. A Antártida vira um imenso campo de peladas. O mundo entra em convulsão. O que estará em disputa? Alimentos e água. Quem será o salvador do planeta do Armagedom? O Brasil. E isso não será porque ressuscitaremos nosso herói nacional, Macunaíma, o "herói sem nenhum caráter". Será porque temos terra fértil, muita água, clima bom e mão-de-obra desqualificada. Esse quarteto nos consagrará como líderes mundiais. E todos estes fatores deverão vir juntos. Porque, por exemplo, água não é um problema se faltar, o preço aumenta, e dessalinizaremos os oceanos. Todos quererão comer em 2013. Hoje, poucos comem. Um boi precisa beber muita água durante sua vida: quando pesa 500 quilos, terá consumido 20 mil litros de água. Me ajudem nessa conta: em alguns países, cobre-se o boi com cobertor térmico, mas aqui não precisamos disso. E quem já visitou um frigorífico sabe que é muito intensivo de mão-de-obra, e não há como automatizar esse processo. Cada boi é diferente de outro e todas as partes são aproveitadas. Então, em uma linha frigorífica pequena, alinham-se 100 homens e mulheres, ombro encostado no ombro, a descascar o boi que passa. Então, o alimento - não estou me referindo aos alimentos prontos para comer: não imagino que a linha Miss Daisy poderá acabar com a fome mundial -, será disputadíssimo e o Brasil o grande provedor. Exportar carne é exportar água concentrada. E, nessa linha de raciocínio, pergunto-me se não será uma Friboi a nossa próxima Vale. Produzimos carne hoje ao menor custo do mundo (US$ 2,5/kg) e, por questões meramente políticas, somos grandes exportadores de carne para o Egito, Bulgária, Irã, etc. Há alguma coisa errada nisso. O maior rebanho do planeta, 200 milhões de cabeças, tem como grande cliente o Egito? Vale lembrar que há quem diga que temos 160 milhões apenas porque temos matado muita vaca por conta do preço ruim.

Sábias palavras... E que não emergem de gurus financeiros

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Um excelente texto que demonstra a fraqueza dos mais confiáveis especialistas de finanças e economia. Uma demonstração clara de que "gurus" acertam somente nos momentos e que qualquer um com mínimos conhecimentos de economia e finanças, e que tenha coragem de se expressar, também acertaria.

O que é o mercado de ações e finanças de risco? A melhor resposta que eu teria seria tempo, ou seja, quanto menor o tempo de aplicação e quão melhor forem as empresas escolhidas ante a saúde contábel, inovação e inserção de consumo, maior será a probabilidade, eu disse: probabilidade! De sucesso.

Segue um bom exemplo de má utilização da modelagem estatísticaGreenspan e os cabeças-de-planilha via Luis Nassif - Economia on 3/18/08

Do artig de Alan Greenpan no Financial Times (reproduzido na Folha)


(...) Um segmento que sofrerá danos graves será o atual sistema deavaliação de riscos financeiros, que exibiu colapso de algumas de suaspartes mais importantes, quando exposto a desgaste severo.


(...) Os sistemas do mercado de crédito e seus graus de endividamento eliquidez têm por raiz a confiança em que as contrapartes são solventes.Essa confiança sofreu sério abalo em 9 de agosto de 2007, quando o BNPParibas revelou grandes prejuízos imprevistos em suas transações comtítulos "subprime" (alto risco) americanos. Os sistemas deadministração de risco e os modelos que os embasam supostamentedeveriam nos proteger contra prejuízos superdimensionados. O que saiu errado?


O problema essencial é que os nossos modelos tanto os de risco quantoos econométricos, por mais complexos que se tenham tornado, ainda assimsão simples demais para capturar a ampla gama de variáveis que defineme propelem a realidade econômica mundial.

Um modelo representa necessariamente uma abstração, com relação aosdetalhes plenos do mundo real.

Respeitando a antiga tradição de que diversificação representa reduçãode risco, os computadores trabalham com imensos volumes de dadoshistóricos em busca de correlações negativas entre os preços dos ativosnegociáveis, correlações que poderiam ajudar a isolar as carteiras deinvestimentos contra as oscilações mais amplas da economia. Mas quandoesses preços de ativos, em lugar de compensarem os movimentos uns dosoutros, despencaram em uníssono, em 9 de agosto do ano passado,surgiram prejuízos imensos em virtualmente todas as classes de ativosde risco.

A explicação mais confiável quanto ao desempenho tão medíocre demodelos estatísticos desenvolvidos segundo as mais modernas técnicas éque os dados subjacentes utilizados para estimar a estrutura dosmodelos são extraídos tanto de períodos de euforia quanto de períodosde medo, ou seja, de regimes que apresentam dinâmicas diferentes em muitos aspectos importantes.

A fase de contração dos ciclos de crédito e negócios, propelida pelomedo, historicamente vem sendo muito mais curta e muito mais abrupta doque a fase de expansão, propelida por um acúmulo lento mas cumulativode euforia. Ao longo dos últimos 50 anos, a economia norte-americana sóesteve em contração um sétimo do tempo. Mas é o momento em que essesperíodos se iniciam que é o objetivo dos sistemas de administração derisco. Correlações negativas entre classes de ativos, tão evidentesdurante uma expansão, podem entrar em colapso quando todos os preços deativos caem juntos, o que solapa a estratégia de melhorar o equilíbrio entre risco e recompensa por meio da diversificação.

Se pudéssemos modelar adequadamente cada fase do ciclo, em separado, eadivinhar que sinais nos indicariam que um regime está a ponto demudar, os sistemas de administração de riscos poderiam ser muitomelhorados. Um problema difícil é que boa parte do comportamento dúbiodos mercados financeiros que emerge cronicamente durante uma fase deexpansão resulta não da ignorância ou de uma má avaliação dos riscos,mas da preocupação de que, ao menos que uma empresa participe daeuforia em curso, ela perderá mercado de maneira irrecuperável.

A administração de riscos procura maximizar os níveis de retorno sobreo capital, ponderados de acordo com o risco; muitas vezes, no processo,o capital subutilizado é considerado como "desperdício".


(...) Hoje, ou pelo menos antes do 9 de agosto de 2007, os ativos e ocapital que definem uma classificação de crédito excelente, oucostumavam fazê-lo, são caros demais em termos de competitividade.


(...) Esses modelos não capturam com exatidão aquilo que foi, até o omento, apenas um adendo periférico à modelagem de ciclos de negóciose financeiros: as respostas humanas inatas que resultam em oscilaçãoentre euforia e medo, as quais se repetem de geração em geração, compoucos indícios que haja uma curva de aprendizado em ação. As bolhasnos preços dos ativos se acumulam e explodem hoje como o fazem desde ocomeço do século 18, quando os mercados competitivos modernos começarama evoluir. É certo que tendemos a classificar essas respostascomportamentais como não racionais. Mas as preocupações de quem realizaprevisões não deveriam se dirigir à racionalidade ou não das respostashumanas, e sim apenas ao fato de que elas sejam passíveis deobservação, e sistemáticas.


(...) Ou seja, nós alteramos arbitrariamente o resultado das equaçõesde nossos modelos. Mas adicionar fatores é um reconhecimento implícitode que esses modelos, na forma pela qual os empregamos atualmente,padecem de uma deficiência estrutural; eles não tratam em extensãosuficiente do problema da variável ausente. (...)


ALAN GREENSPAN foi presidente do Federal Reserve (1987-2006) e é autorde "A Era da Turbulência" (ed. Campus)Things you can do from here:- Subscribe to Luis Nassif - Economia using Google Reader- Get started using Google Reader to easily keep up with all yourfavorite sites

Recuperação ou repique? A dúvida nos assola.

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Hoje foi um dia bonito de se ver. Começou bem, com uma recuperação tímida. Próximo do meio dia parecia que o mundo iria continuar sangrando para os ativos brasileiros. A tarde, com a chuva caindo pelo Brasil afora, revelam-se forças contrárias a declaração de Ben Bernanke de que não haveria mais cortes nas taxas de juros americanas; que o mercado não receberia mais estímulos do FED americano; que a preocupação era a imflação ante a recessão; e outras cositas mas.


A associação de vários bancos centrais gringos (ver reportagem abaixo) que injetam 200 bi para melhorar a solvência de instituições financeiras capengas das pernas teve reflexo imediato no ressurgência das bolsas de valores do mundo inteiro. Felicidade!!!


Porém (detesto porém no momento de felicidade), vários são os indícios de que a crise americana do subprime (clique neste link para entender a origem deste estorvo geoeconômico). São cortes drásticos nos juros americanos, são resultados de grandes bancos e instituições financeiras com falta de solvência tendendo a falência, são grandes atores do cenário econômico internacional das mais poderosas economias declarando a falta de poder de domínio do mercado, enfim, o buraco é mais embaixo.


Para a atuação de curto prazo com quem tem bala na agulha (dinheiro de jogo) podem se abrir grandes possibilidades de trades de curto prazo. Para aqueles, como eu, que seguem a cartilha de Warren Buffett, é hora de começar a olhar o mercado para, no momento certo montar suas carteiras para longo prazo. E qual será o momento certo a isso? Acredito que quando o ibovespa atingir os 53K a 56K será o momento correto para montar a carteira com base nas boas blueships brasileiras (leia-se petr4, petr3, vale5, ggbr4, bbdc4, itau4, etc.)


Paciência e bons trades.


Fraco fluxo de dados e ação conjunta de BCs permitem recuperação de mercados


Por: Equipe InfoMoney11/03/08 - 15h20InfoMoney


SÃO PAULO - A despeito das duras baixas dos últimos dias, os mercados globais vivem uma terça-feira (11) de recuperação, proporcionada pelo fraco fluxo de indicadores norte-americanos e pela ação coordenada entre os Bancos Centrais das grandes economias do mundo. Com o clima mais ameno na cena externa, os investidores buscam oportunidades entre os ativos "baratos" depois da recente derrocada dos mercados, fator que sustenta a alta dos índices acionários.As recentes referências a respeito da situação da maior economia do mundo alimentaram as apostas de recessão nos Estados Unidos, puxando de volta os mercados para baixo após o bom desempenho de fevereiro. De olho na deterioração das condições de crédito, o Federal Reserve disponibilizará até US$ 200 bilhões por semana para agentes que possuem ativos prejudicados pela crise, durante 28 dias.O anúncio dá seqüência ao plano de ação coordenada liderado pelo Banco Central norte-americano junto aos BCs das dez maiores economias globais, com o objetivo de conter o avanço da crise e sustentar a recuperação dos mercados.A resposta dos investidores foi imediata, sustentando a recuperação dos índices de Wall Street, que por sua vez levam consigo os mercados acionários globais. O tímido movimento de indicadores do dia também apóia o saldo positivo da sessão, não oferecendo dados que comprometessem o rumo dos negócios. O déficit apontado pela balança comercial dos EUA, menor que o esperado em janeiro, é o grande destaque da agenda.Inflação e resultados no BrasilPor aqui, os investidores ainda repercutem os índices de preços referentes ao mês de fevereiro e o noticiário corporativo, que foca a temporada de resultados e o leilão do Rodoanel. Na agenda de indicadores, tanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) quanto o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) mostraram avanço dos preços inferior ao apurado no período anterior.Ibovespa chega a subir mais de 2%; dólar recuaCom o cenário externo mais ameno, o Ibovespa - principal índice acionário doméstico - segue os passos de Wall Street e chega a registrar valorização superior a 2% pela tarde, voltando à casa dos 61.300 pontos. O volume financeiro ultrapassa R$ 3,42 bilhões.No mercado de câmbio, o dólar comercial também reflete o cenário externo do dia e volta a apresentar desvalorização. Com a baixa de 0,29% desta terça-feira, a moeda norte-americana é cotada a R$ 1,7010.Maiores altas e baixasVindos de quatro baixas fortes, os papéis ordinários da construtora Gafisa se recuperam e avançam 6,65%, liderando os ganhos do Ibovespa.Na contramão da tendência positiva do índice, as ações da CESP seguem penalizadas pelos desdobramentos do processo de privatização, e com a desvalorização de 2,71% acumulam sua quarta queda seguida e lideram as baixas do índice.Entre os destaques de alta estão os papéis de Gafisa ON (GFSA3, +6,65%), Sadia PN (SDIA4, +6,17%), Lojas Renner ON (LREN3, +5,66%), Braskem PNA (BRKM5, +5,12%) e Usiminas PNA (USIM5, +4,77%).Por outro lado, as ações de Cesp PNB (CESP6, -2,71%), TAM PN N2 (TAMM4, -2,56%), Souza Cruz ON (CRUZ3, -1,98%), Aracruz PNB (ARCZ6, -1,73%) e Eletropaulo PNB N2 (ELPL6, -1,55%) apresentam o pior desempenho do índice. Os maiores volumes ficaram com Petrobras PN (PETR4, R$ 434,30 milhões), Vale Rio Doce PNA (VALE5, R$ 380,44 milhões), Cesp PNB (CESP6, R$ 157,21 milhões), Petrobras ON (PETR3, R$ 156,28 milhões) e Sid Nacional ON (CSNA3, R$ 137,03 milhões).


Mercado Financeiro Perdido: sinais das mudanças.

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Pacientes leitores;




Peço desculpas pelos dias sem publicações. A rotina do trabalho que traz o leite das crianças me impediu momentaneamente de trabalhar as publicações. Blá, blá a parte vamos lá.




Achei muito interessante os dados bimestrais sobre os principais investimentos vistos no Brasil.


Intrigante ver o tradicional Ouro e os investimentos na Bolsa de valores em patamares de valorização semelhantes no mês de fevereiro. É como se eu estivesse lendo nas entre linhas a fuga do capital a investimentos mais seguros e ao mesmo tempo um capital semelhante migrando a investimentos bem mais arriscados. Bem, não pode ser o mesmo capital. Uma boa parte vem do capital estrangeiro (ouro) e ao mesmo tempo o retorno da confiança institucional ao aumento de posições variáveis em suas carteiras.


De um jeito ou de outro, quando vejo forças tão divergentes atuando ao mesmo tempo no mercado, aparece aquela pulguinha de dúvida de que teremos muitas emoções em pouquíssimo tempo.


Guardem seu capital líquido para entrar na hora certa, pois esta se aproxima.



Bolsa e ouro lideram lista de investimentos mais rentáveis no mês




EPAMINONDAS NETO






da Folha Online
Investimentos atrelados à Bolsa de Valores e aplicações na commodity ouro foram as apostas mais rentáveis do mês de fevereiro. No bimestre, no ano, o mineral dourado tem a liderança folgada do ranking de investimentos, devido às turbulências registradas em janeiro na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
O Ibovespa, indicador que serve de referência para boa parte dos fundos de ações, valorizou 6,72% em fevereiro, mas acumula perdas de 0,62% no ano.
Tendo por referência as cotações da commodity na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o ouro teve variação de 7,02% no mês. Em 2008, as cotações já acumulam alta de 9,09%. No mercado internacional, o preço da onça de ouro bateu recordes, e investidores se refugiaram no metal para escapar da recessão nos EUA.
Os fundos referenciados DI e de Renda Fixa registraram rentabilidades de 0,67% e 0,80%, respectivamente, segundo cálculo da Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), com dados até o dia 26. No ano, o retorno dos fundos DI é de 1,61%, e dos fundos Renda Fixa, de 1,88%.
A caderneta de poupança, aplicação mais popular do país, proporcionou ganho de 0,52% em fevereiro, e de 1,12% no bimestre.
Aplicações vinculadas ao dólar proporcionaram os piores rendimentos do mês. O preço da moeda americana retraiu 3,97% em fevereiro, e 4,84% no acumulado de dois meses.
Em fevereiro, a inflação foi de 0,53%, se for medida pelo IGP-M, que embute preços do varejo, atacado e da construção civil. Pelo IPCA-15, a inflação de fevereiro foi de 0,64%. Esse índice reflete o custo de vida para famílias com renda mensal entre um e 40 salários mínimos.
No ano de 2008, o IGP-M registra variação de 1,63%, enquanto o IPCA-15, de 1,34%.

 

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