Quando entrar no mercado de ações?

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Outro dia um amigo próximo me perguntou:







- Augusto, quando é que poderei entrar pra comprar ações - quero ficar rico!!!




Bem, começa um discurso de mais uma sardinha a ser devorada pelo mercado. Com muito experiência e totalmente antenado em notícias, fóruns, etc. A probabilidade de se ter grandes prejuízos e decepções é altíssima. Para quem não sabe se quer o que é a filosofia do mercado de capitais, instrumentos de análise e acompanha o caminho bursátil dos ativos pelo noticiário da TV, o fracasso é certo.

Então, o primeiro passo é o estudo e a simulação. Estudar o que é o mercado de ações, o que é a análise técnica, análise fundamentalista e a análise financeira/contábil. A simulação consiste em escolher uma plataforma onde se usa um capital simulado para o investimento no mercado de capitais. Um simulador que recomendo é o FOLHAINVEST (http://www.folhainvest.com.br/). Este está fora do ar para a reformulação e maior aporte técnico. No entanto, segundo gestores, semana que vem ele já estará no ar.


Ok, e agora? Neste momento em que o sangue está na rua com ações fortes despecando; com a volutilidade indo do céu ao inferno em menos de uma semana?

Para os que querem verdadeiramente investir em ações e que não precisarão deste dinheiro nos próximos 5 anos (Lê-se que você tem uma reserva em um investimento conservador -poupança, renda fixa, CDB, DI, Tesouro direto pré fixado etc. Com valor equivalente a, no mínimo, 6 meses de sua renda atual); agora é o momento de compra.




Após efetuar a operação de tornar-se sócio de sólidas empresas o que fazer? Nada é a resposta mais interessante. Esperar pelo menos 6 meses antes de olhar como estão suas ações. Outra sugestão para quem tem coração fraco é estabelecer stop loss (venda abaixo da cotação de compra) na ordem de 2% de perda máxima do seu capital total. Sinceramente não sugiro usar stops para um investidor de longo prazo, ainda mais se escolheu companhias sólidas no seu portfólio (empresas, por exemplo, que você tem imensas chances de continuar existindo daqui a 20 anos).

Outra forma é esperar a crise americana passar. Quando isso vai acontecer? Selecionei uma interessante reportagem (ver abaixo). Em outras palavras, quando a economia americana respirar, saberemos que o novo ciclo econômico terá início.
A não Augusto, diz ai quando a crise acaba. Neste ponto é que entra o estudar e estar acompanhando de perto as notícias sobre economia e empresas... Leia aí moço(a). Grande abraço.

Volatilidade financeira ainda deve durar meses, diz Meirelles
Presidente do Banco Central disse em Davos que calmaria tem de vir primeiro nos EUA.
Rogerio Wassermann - BBC


Enviado especial da BBC Brasil a Davos - A volatilidade nos mercados financeiros internacionais deve continuar alta nos próximos meses, na avaliação do presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles. Para Meirelles, que participa neste sábado do Fórum Econômico Mundial, em Davos, a estabilização dos mercados depende da situação do mercado imobiliário americano, foco primário das atuais turbulências. Segundo ele, essa estabilização somente ocorrerá quando terminar o processo de venda de imóveis nos Estados Unidos, desencadeado pela crise provocada pelo aumento da inadimplência nas hipotecas de alto risco no país. Para o presidente do Banco Central, somente aí é que haverá uma idéia mais clara do rombo provocado pela crise, com o reflexo das eventuais perdas nos balanços das instituições financeiras e empresas com papéis ligados aos financiamentos imobiliários nos Estados Unidos. "Só quando houver uma estabilização do mercado imobiliário dos Estados Unidos é que teremos uma melhor precificação dos ativos financeiros vinculados a empréstimos imobiliários", afirmou Meirelles, em entrevista a jornalistas brasileiros em Davos. "Ou seja, somente quando atingirmos o pico do estoque de casas à venda nos EUA e esse estoque começar a cair, teremos então uma estabilização dos preços, e a partir daí uma estabilização dos preços dos papéis relacionados aos imóveis e uma visão mais clara do sistema", afirmou. O presidente do Banco Central defendeu uma revisão das regras internacionais que regem as instituições financeiras para evitar a repetição dos problemas enfrentados no setor de financiamentos imobiliários nos Estados Unidos, e a adoção de medidas de curto prazo que ajudem a "abreviar" o processo de estabilização. Meirelles se esquivou de fazer uma previsão sobre o tamanho da crise nos Estados Unidos e do impacto que ela poderá ter sobre o Brasil, e limitou-se a repetir a avaliação feita pelo Banco Central ainda antes do recrudescimento da crise, na última semana. Segundo essa previsão, a economia brasileira teria encerrado 2007 com um crescimento de 5,2% em relação ao ano anterior e deve encerrar 2008 com um crescimento um pouco mais baixo, de 4,5%. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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