Até que ponto vale a pena ser uma empresa ética

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Hoje, ao abrir o Valor Econômico (Jornal focando em economia e finanças que todos deveriam ler junto a Gazeta Mercantil, afinal, investir em educação e informação é mais importante que dar bola a joguetes especulativos sem sentido); deparei-me com uma interessante reportagem que listei no link abaixo;





A pesquisa foi direcionada a se avaliar o comportamento do consumidor ao privilegiar e permitir o agregamento de valor na aquisição de produtos manufaturados de empresas com responsabilidade social e compromisso com o desenvolvimento sustentável.

A pesquisa concluiu que a adoção de medidas mínimas - coincidentes com o triângulo da sustentabilidade (compromisso social-comprimisso ambiental e competitividade) - já seduziriam o consumidor, agregando valor ao produto, tanto quanto grandes mirabolâncias e propagandas políticamente (ou hipocritamente) corretas. As medidas supra citadas são;

Para nossos propósitos, produtos "manufaturados eticamente" são aqueles desenvolvidos sob três condições. (Valor Econômico, 12/5/2008)

1. Primeiro, a empresa precisa ter relações avançadas com os seus detentores de interesse, isto é, com as pessoas e entidades afetadas por sua operação. Por exemplo, a empresa precisa ter um compromisso com a diversidade quando contrata e com a segurança do consumidor.

2. Segundo, ela precisa se reconhecida por adotar práticas progressivas em relação ao meio ambiente, como utilizar tecnologia amiga do ambiente.

3. Finalmente, a empresa deve ser reconhecida por respeitar os direitos humanos - sem trabalho infantil ou escravo em suas fábricas no exterior, por exemplo.


Dos resultados da pesquisa, o que mais impressiona é que o valor agregado entre consumidores que tinham consciência sobre produto éticamente produzidos era 16,8% sobre consumidores sem informações sobre a empresa produtora do manufaturado. A diferença de quanto um consumidor informado sobre um produto éticamente produzido em relação a um consumidor que sabe que o produto é anti-eticamente produzido, sobe para 64,85%.

Os resultados demonstram que a diferença média entre o valor agregado a empresas éticamente responsáveis, parece pouco. No entanto, o mais interessante a nós investidores, é que há uma desvalorização ou depreciação de preços finais em produtos não vinculados a uma linha de produção ética. Assim, Brasil, evoco o poder público que tem responsabilidade em punir e afastar empresas parasitas e que enfraquecem nossos esforços históricos que nos levam a ser encarados como sérios em economias dominantes.

Outro ponto a salientar é que nossas análises devem ir além dos multiplos fundamentalistas, gráficos e números contábeis. Devemos nos ater a fatores de compromisso da empresa que não se desviem do esperado em uma produção e destino ético das fontes de Receita.

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