Energia Elétrica: Investimento para médio e longo prazo

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Discretamente as ações de geração e distribuição de energia elétrica deverão ter uma bela espectativa revelada em 2008. As razões para este argumento não vem de gráficos e tão pouco de uma profunda análise fundamentalista sob a luz de expectativas futuras contábeis.

Bem, depois de anos sem o investimento verdadeiro neste setor, o governo começa a cair na real sobre a possibilidade de uma crise energética em 2010. Isso mesmo, um ano antes da eleição presidencial, uma crise desta seria um desastre político-eleitoreiro do PT.


Qual foi a cartada errada por parte do governo? A ação populista de limitação de tarifas nos últimos leilões de energia que acabaram com a perspetiva positiva de ações como: enbr3, cple6, geti4, cmig4. Mas estas ações estão reagindo... você diria. Sem dúvida podemos atribuir a recupeação do mercado. Ao meu ver há grupos fortes de olho nos investimentos futuros obrigatórios que evitarão o apagão de um futuro breve.
Abaixo uma reportagem da Gazeta sobre a troca de empresas do indíce de sustentabilidade empresarial para o ano de 2008.

28 de novembro de 2007 - Gazeta mercantil

A Bovespa anunciou ontem a nova composição do Indice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) que vale de 1 de dezembro deste ano a 30 de novembro de 2008. As maiores baixas vieram do setor de transportes aéreos e terrestres. Devido ao impactos do apagão aéreo e de acidentes ocorridos recentemente, quatro empresas desse segmento deixaram de compor a carteira: TAM, GOL, ALL e Localiza ."A cadeia de fatores que desencadeou a saída dessas empresas vai dos problemas mais aparentes (apagão e acidentes), atingem a rentabilidade das companhias e passam pelo atendimento aos clientes", explicou o diretor de operações da bolsa paulista, Ricardo Pinto Nogueira. As demais baixas da carteira foram Celesc, Itaúsa e Unibanco. A Ultrapar também foi excluída do ISE por ter fechado o capital, após ter sido adquirida por Petrobras e Braskem neste ano. Em contrapartida, sete novas companhias ingressaram no índice, com destaque para o setor de energia elétrica, com a entrada de AES Tiete Cesp, Eletrobrás e Light. Sabesp , Sadia e Weg complementaram a lista das novas integrantes da carteira. "Cesp, Eletro e Weg, que haviam saído na última revisão, retornaram, o que demonstra o esforço das companhias para integrar o índice", afirmou Nogueira. Com as mudanças, a nova carteira passa a ser composta por 40 ações, emitidas por 32 empresas. As companhias dos 13 setores incluídos no índice para 2008 totalizam R$ 927 bilhões em valor de mercado. O montante equivale a 39,6% da capitalização total da bolsa paulista, cujo valor atual é de R$ 2,3 trilhões. Desta vez, as empresas poderão ser excluídas da carteira antes da próxima revisão, caso não consigam comprovar com documentos, as afirmações sobre suas práticas socioambientais. Essa conferência será feita pelo Conselho do ISE até março de 2008. De acordo com o especialista em responsabilidade social da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Roberto Gonzalez, é perceptível o aumento do interesse dos investidores de varejo pelo ISE como ferramenta para suas aplicações financeiras. "Há seis corretoras independentes que, notando a crescente demanda por investidores pessoas físicas interessados em conhecer melhor as empresas e diferentes setores do ISE, têm ido à Apimec", conta. "Esses investidores querem análise fundamentalista com qualidade. A Apimec deve divulgar em 2008 um manual sobre o assunto", adiantou. Caso Petrobras As ações da Petrobras foram mantidas na carteira, sob protesto de organizações não governamentais (ONG). Como mostrou a Gazeta Mercantil, na edição de 14 de novembro, as secretarias de Meio Ambiente da cidade e do Estado de São Paulo tentaram, em parceria com ONGs como SOS Mata Atlântica e Greenpeace, a exclusão da companhia do ISE. O grupo alega que a companhia desrespeita o meio ambiente por vender óleo diesel com alta concentração de enxofre, desobedecendo uma resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). O movimento, porém, não surtiu efeito. "O conselho avaliou que a Petrobras, que prometeu colocar no mercado diesel com menos enxofre, era elegível", explicou Nogueira. "O consumidor é que terá de decidir de pretende pagar mais por esse tipo de combustível", concluiu. (Luciano Feltrin - Gazeta Mercantil

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