Ometto: essa é pra você!!!

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Vai virar onda no Brasil; as ações estão caindo, o lucro líquido tremestral não foi bom, o EBITDA está muito aquém do desejado ou esperado pelo mercado... Não há problema, investidor, suas esperanças serão renovadas. Para isso, basta demitir o CEO da empresa e contratar um oráculo ou semideus famoso no mercado. Não tem aqui no Brasil? Não importa, nós trazemos de fora. Fiquei sabendo de um ótimo na Rússia. Ihh, mas ele não fala inglês e é patriota. * Оно не имеет проблему. Nós faremos um intensivo curso entre nossos diretores e gerentes de russo 1, 2,3 e ** предварительный русский.
Isso mesmo, demita o presidente, demita diretores, demita a companhia inteira se for preciso, mas, renove a esperança dos acionistas.

Já efetuamos tal operação no futebol. O time vai mal, está ameaçado a cair? Troca o técnico. Dá certo? Claro que não. O problema vem de cima. Da cartolagem que no mundo empresarial chamamos de majoritários que mandam e desmandam segundo interesses próprios e são capazes de destruir a imagem da empresa no mercado para defender orgulhosamente interesses próprios.
Abaixo, um interessante registro jornalístico sobre a situação. Mas como fazer para demitir Omettos, Abílios Diniz, Lulas (ahh não este não é empresário.... Ou é?)
* Não há problema (N.T russo para tupiniquim)
** Russo avançado (N.T russo Mendelev que também projetou a tabela periódica)
Bolsa eleva pressão sobre executivos
16/12/2007 - 10h48
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CRISTIANE BARBIERIda Folha de S.Paulo
O afastamento de Cássio Casseb da presidência do Grupo Pão de Açúcar na segunda-feira passada, por não atingir as metas da empresa, pode ser apenas o primeiro caso de uma série desse tipo. Com o amadurecimento do mercado de capitais brasileiro, especialistas apontam que serão cada vez mais comuns cortes por conta de desempenho.
"É a regra do jogo: se não atingiu resultado, está fora", afirma Eugênio Foganholo, sócio da consultoria especializada em varejo Mixxer.
"Cada vez mais, acontecerão demissões desse tipo, por conta do aumento da competitividade e da profissionalização das empresas."
A opinião era unânime entre diversos analistas de mercado ouvidos pela Folha, durante a apresentação dos resultados do Grupo Pão de Açúcar e do novo presidente, Cláudio Galeazzi, que aconteceu sexta-feira.
Havia, no auditório da sede do Grupo Pão de Açúcar, mais de cem analistas e diversos deles parabenizaram Abilio Diniz, presidente do conselho, pela troca. Eles também reviram suas posições em relação aos papéis da empresa. Em uma semana particularmente difícil para a Bovespa, que caiu 4,87%, as ações do Pão de Açúcar subiram 2,75%.
No fim da apresentação de Diniz, muitos aplaudiram-no efusivamente. Motivo: em uma de suas reestruturações, a da Lojas Americanas, Galeazzi conseguiu, em cinco anos, valorizar as ações da empresa em algumas dezenas de vezes. "O mercado é crítico e quer resultados", diz Diniz.
Inédito no Brasil, o movimento de corte de executivos é comum em países com mercados de capitais mais maduros. Levantamento da consultoria Drake Beam Morin mostra que tais demissões intensificaram-se no início da década. Em 2000, mais de mil presidentes de empresas foram demitidos apenas nos Estados Unidos por não ter atingido resultados.
Além disso, quanto maior a empresa, mais alto passou a ser o risco do corte: 39 presidentes das 200 principais companhias dos EUA perderam o emprego em 2000, contra 23 em 1999, com crescimento de 60%.
Os números mais recentes continuam expressivos e neste ano particularmente devem crescer pela crise do "subprime", os empréstimos imobiliários de alto risco, nos EUA. Apenas no mês passado, Charles Prince, presidente do Citibank, e Stan O'Neal, comandante mundial da consultoria Merrill Lynch, perderam seus empregos.
As discussões sobre os benefícios das demissões por resultados são amplas. Na época dos escândalos como o da Enron, no qual houve fraudes de balanços e empresas quebraram, especialistas apontavam que a busca pelo lucro a cada trimestre tinha causado as fraudes.
A opinião, entretanto, não é unânime. "O poder dos acionistas de demitir o presidente e o quadro de diretores é um dos princípios centrais da governança corporativa", escreveram os professores Raymond Fisman e Matthew Kropf, da Universidade Columbia, e Rakesh Khurana, de Harvard.
Eles realizaram um amplo estudo sobre o assunto em 2005, colocando em fórmulas matemáticas os benefícios e custos da demissão do presidente. Não chegaram a uma conclusão específica, mas disseram que queriam alimentar o debate.
Resultados
Diniz é mais pragmático. Para ele, nenhum executivo faz nada sozinho, "para o mal e para o bem", mas, no caso de Casseb, o conselho preferiu encerrar um ciclo que levou a empresa a não atingir metas e a perder rentabilidade.
"Numa empresa familiar, há espaço para paternalismos, para segundas, terceiras e quartas oportunidades", diz Diniz. "Já a empresa profissional é muito mais dirigida por resultados, principalmente quando há grande participação do mercado, como no Pão de Açúcar e no Casino [sócio francês do grupo]. Aí são resultados, e não capitalismo selvagem."
Sobre os bônus milionários, muito comuns em demissões nos Estados Unidos, Diniz preferiu não falar a respeito. Segundo ele, isso é questão privada da empresa.


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